Quase todos os dias as notícias têm de
prestar atenção às manifestações dos “lesados do BES” que, ora aqui ora acolá,
nos vão mostrando a vergonha em que se tornou este episódio sórdido de “equívocos”
bancários que, infelizmente, são tão comuns de acontecer.
Entre os “lesados” haverá quem,
conscientemente, tenha corrido o risco. Mas esses nem serão a maioria dos que,
naquela operação macaca que lhes propuseram, perderam as poupanças de uma vida!
Seja o papel o que for, comercial ou
higiénico, é um produto que o BES vendeu aos seus clientes absolutamente consciente
dos riscos que representava por ser de uma empresa detida pela mesma família
que detinha o BES.
Parece ter havido, neste negócio,
aproveitamento de ingenuidades que regras bem definidas deveriam proteger. Mas
parece que não protegem.
Não entendo, por isso, por que razão a
Justiça portuguesa não investiga a culpa que tenha havido e tome as
providências necessárias para que “os donos disto tudo” venham a ressarcir os
prejuízos dos que ficaram “donos de nada”.
Mas como poderá faze-lo quando, afinal, os “donos
de tudo” parecem nada ter de seu?!
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