ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O FUTEBOL, AS NOVAS TECNOLOGIAS E O OLHÓMETRO


É já ridículo o estrilho que se faz acerca de uma questão que, por tão simples que é, nem sequer deveria ser uma questão porque a avaliação correcta das faltas é uma consequência natural do regulamento de jogo que as define e apenas assim se cumpre um qualquer regulamento ou qualquer lei.
É, sem dúvida, um paradoxo definir faltas e proibir o melhor modo de as detectar! Só interesses estranhos podem justificar tal atitude.
Os que jogam o futebol, aqueles sem quem o futebol nem existiria, reclamam a introdução das novas tecnologias na avaliação imediata de pormenores duvidosos e até de outros que nem chagam a causar dúvidas, seja ao árbitro que os “vê” de um modo seja a todos os demais que os vêem de modo diferente.
Assim se marcam foras-de-jogo que não são ou se confirmam golos marcados fora-de-jogo, se decidem grandes penalidades que não aconteceram ou se deixam passar faltas que, claramente, mereciam que fosse marcada uma grande penalidade, se avalia a gravidade de uma falta ou de uma atitude! Em suma, assim se perverte a verdade do jogo que, deste modo, deixa de o ser para se tornar no móbil de outras actividades parasitas, sejam os comentadores que perderiam uma boa parte da sua razão de ser, os jogos de azar que voltariam a ser apenas isso ou os interesses de clubes e de organizações, de fundos e de empresários que invistam uma pequena parcela do que a perversão lhes valha na corrupção que lha faça valer.
Ficou claro que exagerei ao “meter no mesmo saco” todos os que jogam futebol porque se fosse assim outro remédio não haveria senão adoptar, mesmo, as “novas tecnologias” em vez do “olhómetro” que veja o que lhes convém.
Tornou-se já tão evidente que a arbitragem se presta a atitudes perversas que não adianta os “senhores do futebol” aduzirem mais razões para recusar o que tantas modalidades já fizeram e foi adoptar as medidas disponíveis para a avaliação das faltas praticadas, em conformidade com os respectivos regulamentos e, deste modo, evitarem a tradicional desculpa do erro humano, para além de outras causas das faltas indevidamente julgados, com benefícios e com prejuízos que já a ninguém passam despercebidos.
O que eu não entendo é que continue a ser um mundo aparte este do futebol a que o direito comum se não aplica e até fecha os olhos às maroscas já evidentes que, sob as mais variadas formas de “jogos”, de “fundos” ou de “agentes”, se possam fazer.

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