É
já ridículo o estrilho que se faz acerca de uma questão que, por tão simples
que é, nem sequer deveria ser uma questão porque a avaliação correcta das faltas é uma consequência natural do regulamento de jogo que as define e apenas assim se cumpre um qualquer regulamento ou qualquer lei.
É, sem dúvida, um paradoxo definir faltas e proibir o melhor modo de as detectar! Só interesses estranhos podem justificar tal atitude.
É, sem dúvida, um paradoxo definir faltas e proibir o melhor modo de as detectar! Só interesses estranhos podem justificar tal atitude.
Os
que jogam o futebol, aqueles sem quem o futebol nem existiria, reclamam a
introdução das novas tecnologias na avaliação imediata de pormenores duvidosos
e até de outros que nem chagam a causar dúvidas, seja ao árbitro que os “vê” de
um modo seja a todos os demais que os vêem de modo diferente.
Assim
se marcam foras-de-jogo que não são ou se confirmam golos marcados
fora-de-jogo, se decidem grandes penalidades que não aconteceram ou se deixam
passar faltas que, claramente, mereciam que fosse marcada uma grande
penalidade, se avalia a gravidade de uma falta ou de uma atitude! Em suma, assim se perverte a verdade do jogo que, deste modo, deixa
de o ser para se tornar no móbil de outras actividades parasitas, sejam os
comentadores que perderiam uma boa parte da sua razão de ser, os jogos de
azar que voltariam a ser apenas isso ou os interesses de clubes e de
organizações, de fundos e de empresários que invistam uma pequena parcela do que a perversão lhes valha na
corrupção que lha faça valer.
Ficou
claro que exagerei ao “meter no mesmo saco” todos os que jogam futebol porque
se fosse assim outro remédio não haveria senão adoptar, mesmo, as “novas tecnologias”
em vez do “olhómetro” que veja o que lhes convém.
Tornou-se
já tão evidente que a arbitragem se presta a atitudes perversas que não adianta
os “senhores do futebol” aduzirem mais razões para recusar o que tantas
modalidades já fizeram e foi adoptar as medidas disponíveis para a avaliação
das faltas praticadas, em conformidade com os respectivos regulamentos e, deste modo, evitarem a tradicional desculpa do erro
humano, para além de outras causas das faltas indevidamente julgados, com benefícios
e com prejuízos que já a ninguém passam despercebidos.
O
que eu não entendo é que continue a ser um mundo aparte este do futebol a que o
direito comum se não aplica e até fecha os olhos às maroscas já evidentes que,
sob as mais variadas formas de “jogos”, de “fundos” ou de “agentes”, se possam
fazer.
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