Sempre existiram pirómanos, mas talvez
nunca tantos como agora.
Por iniciativa própria ou, quem sabe, por
conta de outrem, cada vez mais pirómanos andam por aí a atear fogos nas matas,
como se depreende do número de detenções por suspeita de fogo posto!
São já 67 os que, segundo as notícias,
foram detidos por suspeita de serem causadores de incêndios florestais.
O Instituto da Conservação da Natureza e
das Florestas, no seu último relatório, regista que no primeiro semestre deste
ano se registaram 10.340 incêndios que alastraram por quase 30.000 hectares. O
número de incêndios mais do que duplicou em relação ao mesmo período de ano
anterior, enquanto a área ardida mais do que triplica.
São, pois, cada vez maiores os prejuízos
causados por estas ocorrências que parece ninguém ser capaz de conter, apesar
de serem cada vez maiores os custos para as combater, atingindo, mesmo, valores
que melhores resultados produziriam em muitas outras aplicações para as quais
são muito escassos.
Tudo isto faz pensar por que se não investe
tanto dinheiro, possivelmente menos até, em projectos de prevenção destas
catástrofes que, para muitos, correspondem à perda de todos os seus bens.
E fica a ideia de que algo não corresponde
ao que seria a atitude lógica em casos assim.
São já demasiados os interesses envolvidos
nestes acontecimentos, o que nos permite pensar se, realmente, haverá um desejo
autêntico de os evitar.
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