(Milton Friedman)
Mostrou-me a vida e toda a experiência que me deu que quando a demonstração é complexa, a verdade que pretende revelar é, pelo menos, duvidosa.
Mostrou-me a vida e toda a experiência que me deu que quando a demonstração é complexa, a verdade que pretende revelar é, pelo menos, duvidosa.
O
aldrabão de feira é palavroso no modo como que assedia e convence os compradores
das suas “mentiras”, o político envolve em raciocínios acrobáticos a
demonstração do que pretende que pareça “verdade”, o professor ignorante faz parecer difíceis as
coisas simples que não sabe…
É
por raciocínios descomplicados que as verdades mais certas se alcançam e,
depois, é em afirmações simples também que se transmitem para que sejam, por
todos, compreendidas.
Assim
é a verdade, Simples e clara!
Não
é raro que uma grande verdade comece num despretensioso dito popular que
observações sucessivas refinaram. Estou a lembrar-me de um que a própria
Ciência adoptou por conter em si uma verdade irrefutável: “não há almoço de graça”.
Foram
economistas quem primeiro utilizou esta verdade em suas obras. Foi, mesmo,
atribuído a um deles este dito que, pelo que se diz e o célebre Rudyard Keepling confirma, nasceu
dos almoços grátis bem salgados que, nos bares do Oeste americano, faziam beber
muita cerveja que era bem paga!
De
qualquer modo foi Milton Friedman quem popularizou a expressão e lhe deu o sentido que,
apesar de bem entendido, ninguém respeita nesta “economia” de ilusão em que preferimos
viver.
Friedman
terá sido o primeiro e mais incisivo adversário do keynesianismo que outros e
mais recentes Prémios Nobel querem ressuscitar agora, numa tentativa patética de reanimar esta economia moribunda que ainda não compreendeu que ultrapassou todos
os limites possíveis do equilíbrio que, afinal, seria sua missão garantir: a
satisfação bastante das necessidades básicas do Homem, em vez de ser o jogo
preferido dos gurus das “bolsas” ou dos aldrabões da banca.
Deveria
esta verdade estar bem presente sobretudo em épocas de eleições quando, para
ganhar os favores do eleitorado se fazem promessas tão generosas que a
realidade não permite que se cumpram. Como baixar a TSU e manter as pensões...
Foi
sempre assim. Mas não continuará a ser porque o fundo do tacho já está a
descoberto e continuar a rapá-lo não nos dará mais comida.
Se não há almoço de graça, por que insistimos em querer continuar a almoçar de borla?
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