Do
folhetim grego, mais uma fase está prestes a ver o fim! Apenas mais uma…
Faltarão
uns pormenores e aprovações que, sem dúvida, acabarão por ser acertados para
que esta Grécia siga o seu caminho, aquele que desde há muito está traçado.
Em
tudo quanto se passou, não surgiram ideias novas nem propostas diferentes que
pudessem trazer algum alívio a um mal que, só o não vê quem não quer, não é
apenas grego.
Em
boa verdade, tudo me pareceu semelhante àquela vigorosa e democrática “revolta”
estudantil do “não pagamos” que acabou com as propinas a serem pagas nas
secretarias das faculdades e o número de estudantes reduzido.
Pouco,
muito pouco mais do que isto foi aquilo que se passou, o que é de menos perante
as necessidades que, mesmo que as queiramos ignorar, são uma realidade que,
mais cedo do que tarde, inevitavelmente enfrentaremos.
Depois
da rebeldia vanguardista com que enfrentou a austera e desgastada Europa, a
Grécia terá o seu 3º resgate que uma parte do Syrisa e a Oposição aprovaram numa
Sessão parlamentar que fez um longo serão.
Foi,
deste modo, uma maioria estranha a que aprovou uma decisão que, tudo o faria
crer, seria impossível no quadro político actual, uma estranha “coligação”
entre os destroços de um grande vencedor que garantia o fim da austeridade e os
derrotados que dela eram acusados.
Mas
mais uma vez, como em tantas outras vezes que também já vi, um governo que o
povo elegeu para fazer diferente do que outros antes fizeram, faz diferente daquilo
com que se comprometeu, talvez porque as coisas não são bem como pareciam ser
nem existem as soluções miraculosas que, dizem, a “democracia” sempre tem e
realiza nas “alternâncias que faz.
Depois
de mais de meio ano de “insubordinação” que levou a Grécia da desgraça às ruas
da amargura, chegou a hora de limpar os cacos e de tentar salvar aquilo que
restou.
O
que não certo de que vá acontecer…
Em
tempos já muito distantes, numa praça como aquela que a tantas manifestações
tem assistido, num “parlamento” aberto que se servia dos bancos do jardim,
ilustres filósofos discutiram os regimes políticos, entre os quais não
encontraram aquele que, isento de defeitos, evitasse os vícios que a própria
democracia tem.
Talvez,
numa nova “praça” rodeada pelos destroços que a estupidez humana
acumulou, outros filósofos se reúnam um dia, tranquilos, a discutir o que poderão
fazer para salvar o mundo, antes que chegue o "planeta dos macacos"!
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