ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

ENTRE AS CONVERSAS NA PRAÇA E O PLANETA DOS MACACOS


Do folhetim grego, mais uma fase está prestes a ver o fim! Apenas mais uma…
Faltarão uns pormenores e aprovações que, sem dúvida, acabarão por ser acertados para que esta Grécia siga o seu caminho, aquele que desde há muito está traçado.
Em tudo quanto se passou, não surgiram ideias novas nem propostas diferentes que pudessem trazer algum alívio a um mal que, só o não vê quem não quer, não é apenas grego.
Em boa verdade, tudo me pareceu semelhante àquela vigorosa e democrática “revolta” estudantil do “não pagamos” que acabou com as propinas a serem pagas nas secretarias das faculdades e o número de estudantes reduzido.
Pouco, muito pouco mais do que isto foi aquilo que se passou, o que é de menos perante as necessidades que, mesmo que as queiramos ignorar, são uma realidade que, mais cedo do que tarde, inevitavelmente enfrentaremos.
Depois da rebeldia vanguardista com que enfrentou a austera e desgastada Europa, a Grécia terá o seu 3º resgate que uma parte do Syrisa e a Oposição aprovaram numa Sessão parlamentar que fez um longo serão.
Foi, deste modo, uma maioria estranha a que aprovou uma decisão que, tudo o faria crer, seria impossível no quadro político actual, uma estranha “coligação” entre os destroços de um grande vencedor que garantia o fim da austeridade e os derrotados que dela eram acusados.
Mas mais uma vez, como em tantas outras vezes que também já vi, um governo que o povo elegeu para fazer diferente do que outros antes fizeram, faz diferente daquilo com que se comprometeu, talvez porque as coisas não são bem como pareciam ser nem existem as soluções miraculosas que, dizem, a “democracia” sempre tem e realiza nas “alternâncias que faz.
Depois de mais de meio ano de “insubordinação” que levou a Grécia da desgraça às ruas da amargura, chegou a hora de limpar os cacos e de tentar salvar aquilo que restou.
O que não certo de que vá acontecer…
Em tempos já muito distantes, numa praça como aquela que a tantas manifestações tem assistido, num “parlamento” aberto que se servia dos bancos do jardim, ilustres filósofos discutiram os regimes políticos, entre os quais não encontraram aquele que, isento de defeitos, evitasse os vícios que a própria democracia tem.
Talvez, numa nova “praça” rodeada pelos destroços que a estupidez humana acumulou, outros filósofos se reúnam um dia, tranquilos, a discutir o que poderão fazer para salvar o mundo, antes que chegue o "planeta dos macacos"!


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