ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A HORA DA VERDADE



Gostava de me sentir mais confiante no futuro que se segue, sem a desconfiança que promessas incumpríveis não podem deixar de me causar e as artimanhas com que se procura iludi-las tornam mais claras.
Pelas necessidades óbvias que as circunstâncias vão impondo e depois do modo, mais ou menos disfarçado, como o Governo as tem vindo a satisfazer, aumentando o custo de tantas coisas básicas ou de grande consumo como os combustíveis, acabaremos por chegar chega à hora da verdade, aquela que acabará com todas as dúvidas quanto à promessa de não reduzir salários nem pensões e, também, não aumentar o IRS.
Uma eventual, mas mais do que provável, alteração dos limites mínimos dos escalões do IRS, fará crescer muito o valor dos impostos arrecadados, o que desequilibrará mais a já enorme diferença que se verifica.
É ou não um agravamento de impostos que Costa prometeu não fazer?
Por enquanto serão 55% os portugueses residentes que não pagam impostos e 15% os que pagam cerca de 65% do total. As alterações que se prevêem farão subir para 60% os que deixam de contribuir para os encargos do estado e, em consequência disso, recebem subsídios, enquanto 10% serão responsáveis por 80% do que o Estado cobra às pessoas singulares!
Não pode o Estado deixar de cobrar impostos aos cidadãos, mas levar-lhes o coiro é outra coisa a que estes não podem deixar de se opor.
Não me parece que seja deste modo que o país recuperará emprego, fomentará o investimento, evitará a fuga aos impostos e de capitais e, sobretudo, fará crescer a economia.
Mas sendo uma via com fortes limitações que as taxas já muito elevadas de impostos impõem, não será por muito tempo que tais iniciativas resolverão os problemas do país.
O que, depois, se seguirá, eu não sei, mas nada de agradável será. Com certeza.
Desde o Brasil, onde se encontra para a abertura dos jogos paralímpicos, o Primeiro-Ministro não respondeu à pergunta de se os impostos iriam ou não ser aumentados. Limitou-se a dizer que o Governo tem cumprido com aquilo que se comprometeu, mas não disse à custa de que o fez ou vai fazer! 


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