Nos
meus tempos de estudante, contava-se uma história macabra que não provocava
mais do que um riso amarelo, pois a todos fazia arrepiar.
Um
saloio, acabado de chegar à cidade, logo repara, no táxi que apanhou, naquele
símbolo da Mercedes lá na frente da tampa do motor, em tudo parecido com uma
mira.
O
homem perguntou ao taxista se aquilo era para ajudar na condução, escolhendo o
melhor espaço por onde passar.
Topado
o simplório, não resistiu o taxista a brincar com ele, dizendo-lhe que era
mesmo uma mira que fixava as velhinhas que passavam na rua para as atropelar!
Em
determinado momento ouve-se um grande estrondo. O viajante abrira a porta que
apanhou, em cheio, uma senhora idosa que passava. Depois, sorridente, disse
para o condutor “ufa… nem com essa coia o senhor viu esta!”
Hoje
não são anedotas que se contam nas notícias que dão conta de um casal vítima de
uma overdose, inconsciente no carro onde um filho menor, assim abandonado,
chorava, de um pai que mata o filho ou vice-versa, das numerosas dezenas de
vítimas de violência doméstica, e muito menos o é esta esta notícia incrível que
não resisto a transcrever:
“Um comerciante brasileiro, de 40 anos, foi
decapitado, na sexta-feira, por um adolescente de 15 anos. O agressor confessou
à polícia que sempre teve vontade de "cortar a cabeça de alguém"…
(JN)”
Será
que esses jogos violentos que, pelo mundo inteiro se vendem aos milhões,
daqueles em que matar das formas mais estranhas é o objectivo, nada terão a ver
com a violência que se tornou vulgar?
Ou
serão esses procedimentos de “heroísmo” fundamentalista que sugerem a vontade
de praticar actos de rara desumanidade?
Sem comentários:
Enviar um comentário