ACORDO ORTOGRÁFICO

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terça-feira, 27 de setembro de 2016

CLIMA, MAIS UM ESTUDO COM CONCLUSÕES ALARMANTES!



Depois de dezenas de anos a brincar às “Cimeiras da Terra” onde, diziam ser esse o propósito, seriam discutidos os problemas ambientais cada vez mais graves que o uso, cada vez mais intenso, dos recursos naturais provocava em consequência da poluição produzida, nota-se um certo nervosismo apressado, para ractificar o acordo de Paris que pretende ser o ponto de partida de uma era de combate às mudanças climáticas que, ano após ano se tornam mais preocupantes.
Parece que certos políticos acordaram, finalmente, para uma realidade que nunca tiveram em conta nas decisões que tomavam, como que deixando para os cientistas que os avisavam, a responsabilidade dos problemas que colocassem qualquer entrave à continuação dos disparates que, em nome de uma economia florescente, continuadamente se faziam.
Ora, acontece que a economia do mundo não é florescente, é distorcida e cínica para muitos milhares de milhões de pessoas que apenas vivem dos restos que os mais afortunados deitam no lixo. Nem me parece que passe a ser melhor enquanto o terceiro mundo for roubado como é para que o outro mundo possa desperdiçar o que ele não pode usufruir.
Será em nome deste mundo evoluído onde chamamos “pobres” aos que possuem coisas que os verdadeiros pobres nem imaginam que existem que insistimos num modo de viver já falido, porventura já afectado de modo irreversível e a caminho de uma catástrofe já incontrolável?
Os cientistas autores de um recente estudo revelado pela revista Nature, afirma que "A estabilização dos níveis atuais dos gases com efeito de estufa pode colocar a Terra numa trajetória de aquecimento de cinco graus Celsius (5ºC) no próximo milénio" e, deste modo, a Terra pode ficar intoleravelmente quente, com todas as consequências que podem tornar dramática a sobrevivência dos humanos.
Como tantas vezes já foi dito, O Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) já afirmou a concentração de CO2, o principal gás com efeito de estufa na atmosfera, já ultrapassa as 400 ppm (partes por milhão) e vão levar a um aquecimento global médio da temperatura que quase poderá atingir 2,5ºC.
Segundo o estudo revelado na Nature, “um aquecimento global de 3ºC, no longo prazo, pode desencadear um turbilhão de impactos das alterações climáticas, incluindo tempestades marítimas, reforçadas pela subida do nível das águas, ondas de calor mortíferas e inundações severas”.
Será tardia esta diligência que os maiores responsáveis pelo mundo querem, agora, apressar?
Será que valerá muito a pena ficarmo-nos por aí?
Sobretudo, que explicação daremos aos nossos filhos pela Terra, porventura inabitável, que lhes deixaremos por herança?

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