Deus
me livre de andar por aí a competir com os sabichões de finanças que já me
demonstraram, e bem, a arte que têm de fazer desaparecer o meu dinheiro e
perante quem os David Coperfield deste mundo não passam de aspirantes a
aprendizes de feiticeiro. Estes fingem, aqueles levam-no mesmo!
E
nesta arte obscurantista de me depenar, não se cansam os “magos” de arranjar
formas cada vez mais evoluídas de me enganar.
E
quando mandam franganotas explicar-me o que não tem explicação, pois o que
propõe, pese, embora, a desigualdade obscena que diz querer corrigir, como a de
haver quem ganhe mais num dia do que eu em vários anos, só posso ficar
convencido de que não tenho escapatória para o que aí vem, pois sou daqueles
que não têm como esconder o que recebem!
Faço
parte daquele “ribeiro manso” onde lobos e cordeiros vão beber e estes acabam
por ser devorados.
Que
o digam, por exemplo, os meus PPR que deviam ser seguros mas voaram,
inteirinhos, com a crise que, dizem, um “Goldman Sachs” qualquer faz acontecer
quando tal lhe dá proveito!
Ainda
não repararam os pobres de espírito que o capitalismo é isto mesmo! Uns
trabalham e os outros ficam com o dinheiro do qual dão um pouco aos outros para que o jogo
possa continuar. Senão acaba, pois o jogo é assim mesmo!
Ah!
Queremos mais do pouco que nos dão? Fazemos manifestações inúteis ou, num acto
heróico que pagaremos caro, vamos sacá-lo, apelando à justiça que deve haver
nesta vida!
Uma
regra nova que altera as regras do jogo que logo alguém corrigirá para que tudo
fique, no mínimo, na mesma. Mas que costuma ser alterado para tornar mais
fortes aqueles que já o eram.
Porque
é assim que se joga este jogo!
Não
adianta, pois, acreditar nas manigâncias que alguns apregoam, nas trocas e
baldrocas que fazem das leis, dizem eles que para as tornar mais justas.
Alguns
até parecem sentir que é assim e entram no jogo a parecer querer mudá-lo. A
novidade das últimas eleições, o PAN, até escreveu no papel com que se
apresentou, algo que me entusiasmou. Mas depois, instalados em S Bento,
ficam-se pelas já gastas manifestações contra as touradas, contra o abate de
cães nos canis municipais e por aí fora até uma qualquer cagadela de mosca que
digam ser do silúrico superior e, por isso, deve ser preservada custe isso o
que custar. E fica-se por aqui a Natureza que dizem defender, com o que se
integram, perfeitamente, na geringonça que, na sua ignorância, nem imagina que
a Natureza não precisa de ser defendida.
Defendida
precisa de ser a Humanidade a que pertencem as Pessoas que, pelo caminho que
leva, só pode ir parar ao inferno da porcaria de vida cada vez pior que decidiu
viver.
Ainda
não foi desta que alguém de verdade apareceu.
Portugal
tornou-se num frangalho e pode tornar-se numa desgraça maior, que nem sei qual
será porque uns dizem assim, outros assado e vá lá eu saber quem tem razão.
Que
o défice vai atingir as metas definidas… isso eu já vi que sim porque sinto que
para isso contribuo todos os dias, quando procuro no bolso o dinheiro que já lá
não está.
Quanto
ao resto… é o INE quem publica os números, perante os quais, o défice não passa
de um infinitamente pequeno.
Estão
a enganar quem?
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