ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O JOGO



Deus me livre de andar por aí a competir com os sabichões de finanças que já me demonstraram, e bem, a arte que têm de fazer desaparecer o meu dinheiro e perante quem os David Coperfield deste mundo não passam de aspirantes a aprendizes de feiticeiro. Estes fingem, aqueles levam-no mesmo!
E nesta arte obscurantista de me depenar, não se cansam os “magos” de arranjar formas cada vez mais evoluídas de me enganar.
E quando mandam franganotas explicar-me o que não tem explicação, pois o que propõe, pese, embora, a desigualdade obscena que diz querer corrigir, como a de haver quem ganhe mais num dia do que eu em vários anos, só posso ficar convencido de que não tenho escapatória para o que aí vem, pois sou daqueles que não têm como esconder o que recebem!
Faço parte daquele “ribeiro manso” onde lobos e cordeiros vão beber e estes acabam por ser devorados.
Que o digam, por exemplo, os meus PPR que deviam ser seguros mas voaram, inteirinhos, com a crise que, dizem, um “Goldman Sachs” qualquer faz acontecer quando tal lhe dá proveito!
Ainda não repararam os pobres de espírito que o capitalismo é isto mesmo! Uns trabalham e os outros ficam com o dinheiro do qual dão um pouco aos outros para que o jogo possa continuar. Senão acaba, pois o jogo é assim mesmo!
Ah! Queremos mais do pouco que nos dão? Fazemos manifestações inúteis ou, num acto heróico que pagaremos caro, vamos sacá-lo, apelando à justiça que deve haver nesta vida!
Uma regra nova que altera as regras do jogo que logo alguém corrigirá para que tudo fique, no mínimo, na mesma. Mas que costuma ser alterado para tornar mais fortes aqueles que já o eram.
Porque é assim que se joga este jogo!
Não adianta, pois, acreditar nas manigâncias que alguns apregoam, nas trocas e baldrocas que fazem das leis, dizem eles que para as tornar mais justas.
Alguns até parecem sentir que é assim e entram no jogo a parecer querer mudá-lo. A novidade das últimas eleições, o PAN, até escreveu no papel com que se apresentou, algo que me entusiasmou. Mas depois, instalados em S Bento, ficam-se pelas já gastas manifestações contra as touradas, contra o abate de cães nos canis municipais e por aí fora até uma qualquer cagadela de mosca que digam ser do silúrico superior e, por isso, deve ser preservada custe isso o que custar. E fica-se por aqui a Natureza que dizem defender, com o que se integram, perfeitamente, na geringonça que, na sua ignorância, nem imagina que a Natureza não precisa de ser defendida.
Defendida precisa de ser a Humanidade a que pertencem as Pessoas que, pelo caminho que leva, só pode ir parar ao inferno da porcaria de vida cada vez pior que decidiu viver.
Ainda não foi desta que alguém de verdade apareceu.
Portugal tornou-se num frangalho e pode tornar-se numa desgraça maior, que nem sei qual será porque uns dizem assim, outros assado e vá lá eu saber quem tem razão.
Que o défice vai atingir as metas definidas… isso eu já vi que sim porque sinto que para isso contribuo todos os dias, quando procuro no bolso o dinheiro que já lá não está.
Quanto ao resto… é o INE quem publica os números, perante os quais, o défice não passa de um infinitamente pequeno.
Estão a enganar quem?


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