ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

A PRAGA QUE A METEMÁTICA NOS LANÇOU

Todos sabemos que o Estado, pelo menos nas condições de membro da União Europeia, não tem mais dinheiro do que o que cobra nos impostos, directos ou indirectos, e consegue nos empréstimos que faz no mercado, aos juros que este lhe imponha, tanto mais elevados quanto maior for a dívida.
O tempo de “fazer” dinheiro já lá vai e, mesmo então, era “dinheiro falso” porque fazia baixar o valor da moeda nas transacções internacionais e fazia cada vez maior o défice da nossa balança comercial.
Entretanto, todos sentíamos ganhar mais, ganhando menos!
Mas agora, se são aumentados salários ou repostos os anteriores mais elevados, tanto dá, se são reduzidas taxas que o anterior governo tinha criado, se é reduzido o horário laboral dos seus funcionários aos quais, depois, terá de pagar mais horas extraordinárias ou reduzir os serviços prestados aos cidadãos, como em diversos casos já acontece e, outras coisas mais do mesmo tipo que custam mais dinheiro, apenas uma conclusão podemos tirar, a de que terá o Estado de receber o que gasta a mais nas alterações que fez, em impostos, sejam eles quais forem e do modo que for, porque aumentar a dívida externa é cada vez mais difícil.
Ontem constou que, numa manobra que não mexeria nas taxas dos impostos, o Governo aumentaria os limites inferiores dos escalões a que tais taxas se aplicam.
Até pode acontecer que, com este modo de proceder, o valor global dos impostos arrecadados nem se altere significativamente, o que permitirá ao ministro da economia afirmar, sem mentir, que “as famílias não pagarão mais impostos directos”.
Quanto aos impostos indirectos, o IVA e outras taxas que são lançadas, de modo mais ou menos dissimulado, em variadíssimos produtos e materiais, esses aumentarão inevitavelmente, o que o ministro não negou nas declarações que, já hoje, fez.
Contas feitas, pagaremos mais impostos, inevitavelmente.
E se já o sentimos bem na carteira quando pagamos as compras de bens essenciais que fazemos, em relação ao que pagávamos há não muitos meses ainda, mais o sentiremos depois do próximo orçamento!

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