Olhar
com atenção a realidade é o melhor modo, quiçá o único, de a compreender.
Há
quase sete anos que, neste blogue, digo o que me vai na alma, o que penso e
faço as minhas críticas, por vezes um tanto desabridas, àquilo de que me vou
dando conta.
Olho
para este mundo há muito tempo e compreendo as ilusões que já foram minhas
também. Mas não posso esquecer os erros que cometi nem as desilusões que tive
se não quero repetir os mesmos erros e sofrer outras desilusões.
Há
muito tempo já que me dou conta de enormes disparates que se fazem neste mundo
do qual o Homem passou de temeroso habitante a poderoso senhor! Esqueceu as
suas origens, são as leis que ele próprio faz que regulam as suas atitudes, mas são da
Natureza aquelas de que resultam as consequências que têm.
Foi
passando o saber que trouxe até mim a noção de infinito, mas jamais o seu
valor.
Só
da eternidade jamais captei a noção porque não cheguei ainda lá…
Quando
sei que tudo acaba, porque assim eu vi que é, que nada dura para sempre, porque
já tantas vezes vi que não dura, querem os economistas que assim não seja e à lei dura da Natureza
que a tudo dá um fim ou, talvez melhor dizendo, transforma em outra coisa
qualquer como inteligentemente o entendeu Lavoisier, insistem em contrapor as
suas leis, das quais se esquecem da que lhes deveria fazer saber que, do lauto banquete
que fizeram, têm de pagar, agora, a elevada conta! É que, como tão bem o
disseram, não há almoço de graça.
Foi
o melhor que aprendi de economia.
Mas
da matemática aprendi outras verdades que, no reduzido mundo de que ainda sou
prisioneiro, me permitem reconhecer o que é finito, as suas tendências e os
seus limites, coisas que a física me ensinou a medir.
Daí
saber que nada cresce indefinidamente, nem sequer a estupidez que nos lance num
abismo sem regresso, porque ainda acredito no Homem.
É
nestas certezas que faço as minhas previsões, sobretudo quanto a esta economia
que, depois dos sucessos da euforia que os “brinquedos” novos sempre causam,
trilha, agora, os caminhos do seu “calvário”.
Achei estranho que, fosse já no final do trilho, aparecessem a famosas
economias emergentes que, agora, se não sabe por onde andam.
São
outras as economias que devem emergir da inteligência humana que ainda não
morreu.
Num Brasil de cuja nova economia ouvi dizer que apenas um cataclismo improvável
poderia fazer regredir, vejo agora um absoluto caos e na China que se tornou na
segunda maior economia que abastecia o mundo rico daquilo que avidamente gastava,
vejo agora a necessidade premente de “medidas dolorosas” para reanimar a
economia que há dois anos ainda crescia acima de 10% e agora decresce hora a
hora.
Para
além do que dizem os cientistas que, há muito, fazem sérios avisos quanto ao
caminho que esta “civilização” leva e apontam os graves danos que pode causar,
é a realidade que mostra que na Terra o infinito não existe.
E
nem a eternidade, também.
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