É
a notícia do dia e deixa-me satisfeito, a que informa que a PGR decidiu uma
auditoria que passará a “pente fino”, os últimos 15 anos da gestão da caixa
Geral de Depósitos, durante os quais terão sido concedidos financiamentos sem
garantias, mais de dois mil milhões de euros que, agora, fazem parte do que
todos nós teremos de pagar para recuperar o banco que é nosso!
É
assim, com rigor, que as coisas devem ser feitas, sobretudo quando se trata de
um bem público que pode ter sido usado para fins ilícitos, com inevitáveis
vantagens financeiras para quem os tenha consentido.
Será
longa a lista de notáveis implicados nas investigações que a PGR decidiu fazer
e nada me surpreenderia se, por mais uma vez, houvesse matéria a acrescentar à
Operação Marquês que já tem mais braços do que um ninho de polvos.
E
se nos lembrarmos daquela questão, arquivada e da qual a PGR mandou extrair
certidões, que envolve o ex-jogador Figo a quem os espanhóis chamam “el pesetero”
e que, apesar de arquivada poderá fornecer matéria para o mesmo processo, fica
a ideia de que não terá havido buraco onde o polvo não entrasse.
Tanto
quanto me lembro, terei lido que Figo terá recebido de Sócrates 700 mil euros
para apoiar a sua candidatura… Verdade ou não, pareceu-o.
Mas
a Justiça não pode ser feita com o que parece e nem muitas vezes, até, se faz
com o que se sabe que é. E não vale a pena falar de casos em que tenha sido
assim porque há verdades que a Justiça não pode considerar… vá-se lá saber com
que justiça…
A
partir de agora nem imagino o que se vai falar, as coisas que se vão recordar,
os mal-entendidos que alguém vai julgar esclarecer, as novas verdades que vão
surgir ou por quanto tempo mais o Caso Marquês se irá prolongar.
Aliás, não sei o por que de tanto espanto porque o que está a ser investigado levou muito mais tempo do que a investigação!
Aliás, não sei o por que de tanto espanto porque o que está a ser investigado levou muito mais tempo do que a investigação!
Depois, em Portugal, a corrupção parece protegida pela Justiça.
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