ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 17 de março de 2012

CAUSAS JUSTAS

São tantos os disparates feitos em desfavor do Estado, tão pesados os encargos que trazem a quem já tão sobrecarregado está por uma austeridade que não pode ser evitada que se multiplicam as “causas” a favor de outras tantas atitudes para pôr fim a desmandos que vão deixando exangue o país.
Não é fácil de acreditar que, em nome do Estado, se tenham assumido encargos e responsabilidades que em qualquer em contrato ou negócio de boa fé parecem não ter lugar.
Gostaria de corresponder a tantos pedidos de “causas” que me são dirigidos, todos merecedores da maior atenção e inspirados por uma mais do que justa repulsa pelos prejuízos de que a “magnanimidade” de certos governos é a causa e são a razão do sofrimento do povo, mas do qual os beneficiados ficam, obviamente, isentos.
Muito se tem falado das PPP e dos prejuízos que causam, do que o recente episódio da Lusoponte foi uma amostra do sorvedouro que elas são. Mas há outras “rendas” que o Estado paga e são escandalosas. Há muitos contratos que grupos de presssão não tiveram dificuldade em impôr a um Estado distraído nas suas responsabilidades de zelar pelo que pertence a todos e não é, não deve ser esbanjado em maus contratos ou favores alguns.
Caiu-me bem a promessa do Ministro da Economia de que nem uma vírgula se alterará nos propósitos do Governo para corrigir situações prejudiciais para o Estado que, dizia-se, a saída do Secretário de Estado da Energia tinha prejudicado. Foi dito, até, que ele teria sido a primeira vítima do confronto com os “interesses instalados”, contra os quais o Estado pouco pode.
Mas não devem os que abraçam estas “causas” baixar os braços nem desarmar nos seus intentos, para que seja criada a força que reclame, sem margem para dúvidas, o que é de todos nós e imponha, em nome do Direito e da Moral, que acabem as situações que tantos prejuízos nos causam.
A todos eu digo que estou com eles e que à deles sempre juntarei a minha voz na denúncia de tais casos e na exigência de que tudo seja feito para os acabar.

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