Vai longo demais este Verão frio a que antigamente se chamava Inverno! Há mais de dois meses que não chove, brilha o Sol e fica o solo ressequido, de tal modo que os bombeiros têm, nesta altura do ano, o trabalho que, habitualmente, teriam em Agosto.
O principal problema da água é nunca existir na medida certa, porque é demais em tempo de cheias e de menos em tempo de seca.
Lembro-me dos tempos em que as chamadas Quatro Estações eram uma realidade que os livros pelos quais aprendíamos definiam de um modo preciso e muito claro. Agora, seja por influência dos excessos cometidos pelo Homem na sua atividade económica ultra consumista que acumula excessivos gases de estufa na atmosfera, seja porque é próprio da Natureza num mundo em permanente mudança ou seja por ambas as razões, o clima está nitidamente modificado. O pior é esta evolução demasiadamente rápida para a tradicional inércia dos resistem à mudança, dos que pretendem que tudo seja sempre igual, dos que nem sequer entendem o que se está realmente a passar e, sobretudo, para aqueles cujos interesses a mudança afeta.
Poderemos até dizer que esta seca é normal porque as secas existem, porque em todas as estatísticas há extremos. Mas há, também, a média que, quando a frequência dos extremos se altera, necessariamente se modifica.
Até que ponto é o Homem o culpado pelo que se passa nas alterações climáticas? Não será toda sua a culpa, mas pertence-lhe a que faz acelerar efeitos que poderiam e deveriam ser naturalmente mais lentos.
Quem sabe este fim de semana a chuva voltará...
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