De geral não teve nada e de greve bastante pouco. Foi uma estreia desastrosa do novo Secretário Geral da CGTP que não soube, como é próprio de um comunista pouco aberto à realidade, ler os sinais dos tempos, tal como o é de quem nem entende que o tempo dos combates inúteis já passou.
Já não estava à espera daquela batalha de números que é própria destes eventos grevistas, de uns dizerem que é 100 o que os outros dizem não passar de 20 ou 30! O Governo nem se deu ao trabalho de fazer comentários e os que se ouviram da CGTP foram muito discretos e com som a falsos.
Agora há que encarar os factos de outro modo, há que lutar de outra forma que não seja esta negativa que as greves sempre tiveram.
Se alguma vez houve direito à indignação, essa vez é hoje. Mas se a necessidade de informação alguma vez se fez sentir, esta é a vez e teremos de informar e sermos informados a sério, sem demagogias e sem mentiras que, a cada dia que passa, se tornam mais ridículas.
Mais ridículo do que terem ensinado a crianças que aquela pessoa, o Primeiro Ministro, que ia visitar a sua escola era o senhor que aumentava os impostos e, com isso, tornava a vida mais difícil e mais cara, não se pode imaginar. Perderam-se noções essenciais de respeito e de dignidade para fazer do confronto agastado um modo errado de estar na vida, de encarar as dificuldades de lutar por uma vida melhor.
Continuar a escutar os mesmos argumentos idiotas que fazem do pastel de nata e da sugestão de emigrar os pecados mortais desta governação é a prova mais provada da falta de argumentos e da perversidade de certas motivações nesta altura que deveria ser de união de todos os portugueses para mostrarem ao mundo a grandeza da sua alma e a força da sua raça!
Foi um dia tristonho este que os grevistas costumam aproveitar para fazer de festa! A oposição continua a ser precisa e é uma das cada vez mais raras virtudes da democracia que cada vez menos a sabe fazer como as circunstâncias exigiriam.
A um Governo empenhado, como o deveria estar, em ultrapassar um momento muito duro na vida dos seus governados, parece faltar-lhe a chama que conduz as gentes aos grandes feitos. Não pode ter a arrogância de pensar que não necessita de todos nós para o conseguir e que apenas teremos de nos contentar com a esperança nos resultados do seu trabalho que teremos de ter como o melhor para resolver todos os problemas. Não é assim porque grandes são os chefes que motivam os seus comandados e lhes fazem sentir as razões nobres da luta que travam e, por isso, a inevitabilidade das perdas que sofrem. Não se ganham batalhas com exércitos submissos e ignorantes das causas por que lutam, como se não ganham, também, com as insurreições dos descontentes ou dos que pretenderiam ser eles os chefes!
É a baralhação total neste país e num mundo que ainda não entendeu que tem de mudar muita coisa e que os tempos de falsa abastança que viveu não voltam mais.
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