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quinta-feira, 29 de março de 2012

FUTEBOL, MÁFIAS E ÁRBITROS

Os “wikis” que pela internet vão aparecendo tornam-se, aos poucos, em ameaças para muita gente. Desta vez foram as informações privadas dos árbitros de futebol o que alguém resolver publicar e, deste modo, ficaram disponíveis para quem as quisesse registar.
Aconteceu exactamente numa altura em que muito se discutia a influência das arbitragens nos resultados dos jogos de futebol, em particular num jogo do Sporting apitado por Bruno Paixão.
Desde então, queixam-se os homens que apitam as faltas de que são vítimas de assédios e de ameaças que estão a tornar as suas vidas num inferno. Um terá havido, até, que a polícia fez sair de sua casa por questões de segurança que ameaças diversas punham em perigo. Ameaças à família, em particular a uma filha cujas rotinas diárias os ameaçadores mostraram conhecer na perfeição, assim à guisa daquelas séries CSI, mas sem aqueles polícias inteligentíssimos que tudo resolvem num instante.
O futebol está a tornar-se uma coisa feia, conflituosa e perigosa. O que começou por ser um desporto é agora uma lutas feroz, com assistências ululantes que apoiam, vaiam, insultam, incitam, como num circo romano em dia de lutas de gladiadores.
Sabemos quantos milhões cada jogo compromete, quantos têm a sua vida dependente destes espectáculos que se vão tornando degradantes e origem de confrontos sangrentos entre claques, para além de se terem tornado num negócio que movimenta verbas incalculáveis numa economia que quase já não tem onde cair morta! Quando tal acontece, as “máfias” instalam-se. E talvez seja isso que, se não for posto um forte freio neste descambar perigoso, acabará por acontecer.
Começou pelos pobres árbitros a que a TV passou a fazer a vida negra. Eles têm de decidir em segundos. A TV pode ver e rever as vezes que quiser e até pode colocar uns tracinhos que mostram ou não que alguém está fora de jogo!
Mas o futebol não nasceu para ser visto pela televisão... Se passou a ser, terão de ser arranjadas novas regras e novas formas para julgar as faltas porque, de outro modo, será uma luta muito desigual esta em que os árbitros terão de se confrontar com tecnologias de ponta e, sobretudo, com públicos perigosos!

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