ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 24 de março de 2012

A PARQUE ESCOLAR E OUTROS DESMANDOS…

Descobre-se agora, no Tribunal de Contas, o que será uma fraude de 270 milhões de euros nas obras das escolas a cargo da Parque Escolar, o que põe em causa o objectivo de modernização previsto. O projecto terá de, por ora, ficar por aqui com prejuízo para muitas escolas que necessitam de reparações urgentes e, por esta razão, as não podem ter.
Tratar-se-á de obras nas quais se terão praticado excessos que levaram os custos muito para além dos orçamentos, sem que, ao que parece, alguém a tempo se ter dado conta disso. É caso para perguntar se quem criou uma entidade para uma dada função não controla se os objectivos definidos são ou não atingidos, se os orçamentos aprovados e executados correspondem ou não ao que no projecto se previa, se ao dinheiro entregue ao projecto corresponde ou não a obra desejada, enfim, se cuida do controlo do projecto cuja execução confiou a alguém. Parece que não.
Num país para cujo futuro a educação é essencial, parece que as coisas que dizem respeito aos meios para a garantir são entregues a quem não será de confiança para o fazer e, mais do que isso, se deixa à “rédea solta” até que, um dia, alguém descobre que algo não vai bem.
Não é deste modo que as coisas se devem fazer, sem controlo. Mas parece que era deste modo que as coisas se faziam. Estas e outras de que já tivemos conhecimento e, porventura, outras de que o viremos a ter.
Nos tempos que vão correndo, aquela quantia não é desprezável porque nas Contas do Estado, onde o pouco dinheiro não consente folgas, qualquer cêntimo tem o seu peso e não pode ser esbanjado.
Quando muito se fala no BPN para que se saiba exactamente até onde a fraude fez caminho, não se devem esquecer outros casos que muito graves são também e, quem sabe, beneficiaram muita outra gente em vez do Estado e dos Contribuintes que desembolsaram o dinheiro mal utilizado.
Não vou referir aqui o que todos sabem, mas de uma coisa eu sei: é altura de gastar algum dinheiro a esclarecer todas as irregularidades que governos irresponsáveis permitiram que fossem feitas e castigar quem tiver de ser castigado de um modo exemplar, para que sirva de exemplo para o futuro e os contribuintes portugueses não continuem a contribuir para o saco dos que, impune e ilegitimamente, o possam encher!
E não se esqueçam que diz o povo que "tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica ao portão"!

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