ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 10 de março de 2012

SERÁ QUE VÃO ACABAR AS COSTELETAS?

A alimentação de uma população cada vez mais numerosa - sete mil milhões e a crescer... - é um dos graves problemas do nosso mundo. Este problema pode ser, a par dos que se verificam com outros recursos também, uma ameaça ao futuro e à sobrevivência da Humanidade.
Há muito que se chama a atenção para os perigos de muitos excessos que são cometidos em nome de conceitos de crescimento e de bem estar que não têm nas suas preocupações a satisfação das necessidades básicas essenciais de uma população mundial cada vez mais numerosa e mais carente do que lhe permita uma vida com a dignidade própria de seres humanos. A fome e a falta de higiene são flagelos para muitos milhares de milhões de pessoas.
A OMS diz ter sido atingido o objetivo do milénio que era proporcionar água potável a dois mil milhões de pessoas em todo o mundo, o que, todavia, deixa ainda cinco mil milhões sem acesso a um bem essencial à vida saudável. Também a fome continua a ser o drama maior de outros tantos milhares de milhões, entre os quais muitas crianças que morrem precocemente.
A Humanidade já se deu conta de que não consegue produzir alimentos bastantes, apesar de todos os esforços para melhorar os rendimentos das culturas e a alimentação dos animais, do que, bem se sabe, têm resultado alguns problemas sérios de saúde pública, para além do decréscimo da qualidade dos alimentos produzidos, senão mesmo a sua contaminação por toxinas.
Procuram-se novas soluções como, por exemplo, a que agora se anuncia e diz respeito à produção de carne artificial que, dizem os que preparam tal “alimento”, poderá estar disponível dentro de dez anos. Não sei se a carne que assim vai ser produzida será bife da vazia, da alcatra ou de outro lado qualquer, mas temo que a saborosa costeleta esteja fora de questão neste processo que não deve produzir osso!
Pessoalmente, não creio que a solução para os problemas do Homem, sejam eles quais forem, se encontre fora dos ciclos próprios da Natureza como, desde há já algum tempo, se tem tentado.
Não duvido da capacidade do Homem para ultrapassar os problemas que se lhe deparem mas, para isso, terá de ser a sobrevivência a sua preocupação e não as cotações das bolsas e outras coisas com que se tem distraído...

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