ACORDO ORTOGRÁFICO

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sexta-feira, 27 de junho de 2014

A DESVENTURA BRASILEIRA

Para a selecção portuguesa, o mundial brasuca de futebol acabou sem honra e sem glória.
Sem glória porque, apesar de se contar entre as cinco primeiras do “ranking” mundial, a selecção portuguesa nem aos oitavos de final chegou. Sem honra porque, nas suas exibições, não nos transmitiu a sensação do espírito guerreiro e indomável que cremos nos distingue mas que, porventura, naquela selecção não existe.
Ou haverá outras razões, quiçá daquelas que se diz e se sabe afectam o futebol nacional e o tornam numa caldeirada de compadrios há muito denunciados mas jamais combatidos?
Tantas já foram as teorias e as razões apresentadas para o que aconteceu que a dificuldade está em me decidir entre elas, se a escolha de jogadores dentre os de uma “panelinha” que  será dominante, se o estágio nos Estados Unidos, se a escolha da base no Brasil tão distante e de clima tão distinto dos que seriam de esperar nos locais dos jogos ou se, para além de tudo isto, terá sido uma deficiente preparação física e psicológica a causa da desilusão que a “nossa selecção” nos causou.
Não me agrada falar de uma outra razão, porventura ligada a todas as outras e muita gente referiu como será a incompetência de um treinador sem currículo cuja maior “virtude” é a teimosia e a postura autista que sempre assume. Nunca me agradou como treinador e, sobretudo, não mostra no seu discurso a segurança do saber e o bom senso de que as suas responsabilidades carecem. Sem dúvida, será uma das razões porque não será apenas uma razão que causou tanta mossa!
Seja como for, as exibições foram más, os resultados foram péssimos e apenas faltará saber que consequências terá, quais ou se alguma, esta aventura para a qual muita gente, desde cedo, vaticinou triste desfecho.
Outras participações tiveram, também, um desfecho inesperado, com reacções terríveis nos respectivos países e, pelo menos num caso, o italiano, com a demissão da Federação de futebol e, em Espanha, com a colocação do lugar à disposição pelo seleccionador.
Aqui, como reacção oficial apenas dei conta da de Humberto Coelho que me pareceu pretender ser resposta ao que das declarações do médico da selecção e de Cristiano Ronaldo se pode inferir. Mas se foi resposta, foi muito coxa e se pretendeu deitar água na fervura mais atiçou o fogo que eu gostaria que se não apagasse até que, deste desastre, algumas consequências houvesse para que uma nova selecção despontasse.



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