Para a selecção portuguesa, o
mundial brasuca de futebol acabou sem honra e sem glória.
Sem glória porque, apesar de se
contar entre as cinco primeiras do “ranking” mundial, a selecção portuguesa nem
aos oitavos de final chegou. Sem honra porque, nas suas exibições, não nos
transmitiu a sensação do espírito guerreiro e indomável que cremos nos
distingue mas que, porventura, naquela selecção não existe.
Ou haverá outras razões, quiçá
daquelas que se diz e se sabe afectam o futebol nacional e o tornam numa
caldeirada de compadrios há muito denunciados mas jamais combatidos?
Tantas já foram as teorias e as razões
apresentadas para o que aconteceu que a dificuldade está em me decidir entre
elas, se a escolha de jogadores dentre os de uma “panelinha” que será dominante, se o estágio nos Estados
Unidos, se a escolha da base no Brasil tão distante e de clima tão distinto dos
que seriam de esperar nos locais dos jogos ou se, para além de tudo isto, terá
sido uma deficiente preparação física e psicológica a causa da desilusão que a “nossa
selecção” nos causou.
Não me agrada falar de uma outra
razão, porventura ligada a todas as outras e muita gente referiu como será a
incompetência de um treinador sem currículo cuja maior “virtude” é a teimosia e
a postura autista que sempre assume. Nunca me agradou como treinador e,
sobretudo, não mostra no seu discurso a segurança do saber e o bom senso de que
as suas responsabilidades carecem. Sem dúvida, será uma das razões porque não
será apenas uma razão que causou tanta mossa!
Seja como for, as exibições foram
más, os resultados foram péssimos e apenas faltará saber que consequências terá,
quais ou se alguma, esta aventura para a qual muita gente, desde cedo,
vaticinou triste desfecho.
Outras participações tiveram,
também, um desfecho inesperado, com reacções terríveis nos respectivos países
e, pelo menos num caso, o italiano, com a demissão da Federação de futebol e,
em Espanha, com a colocação do lugar à disposição pelo seleccionador.
Aqui, como reacção oficial apenas
dei conta da de Humberto Coelho que me pareceu pretender ser resposta ao que das
declarações do médico da selecção e de Cristiano Ronaldo se pode inferir. Mas
se foi resposta, foi muito coxa e se pretendeu deitar água na fervura mais
atiçou o fogo que eu gostaria que se não apagasse até que, deste desastre,
algumas consequências houvesse para que uma nova selecção despontasse.
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