Lembro-me bem da Vila de Manteigas com uma dimensão urbana reduzida como mostra a fotografia do meu pai, mas que o tempo foi fazendo crescer até
quase preencher completamente aquela zona
do Vale que o Glaciar alargou.
Manteigas ocupa hoje uma
área que, sem temer graves erros de avaliação, poderei dizer quase umas dez
vezes maior mas, curiosamente, sem mais habitantes do que então!
Desde os tempos da fotografia mais antiga, a população de Manteigas cresceu para, depois, ao longo dos últimos 30 anos, se reduzir a metade!
Há menos nascimentos e, mesmo com um decréscimo enorme da mortalidade infantil, Manteigas envelhece e despovoa-se, sem nada ou pouco fazer por si, sem retirar dos recursos dos quais dispõe, as vantagens que eles lhes poderiam dar para dela fazer uma comunidade próspera.
Muitos manteiguenses partiram para os quatro cantos do mundo e são,
hoje, uma diáspora das mais notáveis. Encontram-se por todo o lado e
muitos deles são, até, muito bem sucedidos.
Por vezes levam com eles
usos, costumes e até crenças sem as quais se não sentem bem porque um manteiguense
o é para sempre!
Mas deixar chegar
Manteigas a este ponto a que chegou…
Mesmo assim, o Concelho de Manteigas é um lugar dos mais belos de Portugal, onde se encontram pequenas maravilhas e condições de vida quase já inexistentes em muitos outros lugares.
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