Já
não são precisas teorias nem avisos do que, pelo excesso de gases de estufa que
a actividade económica liberta para a atmosfera, pode acontecer porque se
tornou evidente que as mudanças climáticas são reais e que o que sucede por
aqui já não tem nada de ocasional, como acontece com este mau tempo persistente
que ninguém diria ser quase do final da Primavera.
Mas,
quanto ao que se passa por todo o mundo, é elucidativo o conteúdo desta notícia
“Ao longo dos últimos anos, as catástrofes naturais quadruplicaram, exigindo
investimentos no valor de mais de 147 mil milhões de euros para os arranjos. Só
este ano já foram vários os incêndios, furacões e inundações que assolaram o
mundo”.
Perante
isto, sinto-me traído pelos poderosos governantes, sejam Obama, os palradores
da União Europeia ou outros quaisquer que dizem dispor-se a fazer esforços para
reduzir em 20% as emissões de carbono até 2020!
Será
que esta gente não entende que o que se passa é grave demais pelas
consequências que terá na vida de todos nós e não podem ser proteladas nem
mitigadas decisões que se tornarão inevitáveis e até imperativas quando as
mudanças climáticas se tornarem ainda mais intensas e, por isso, obrigarem a
ajustamentos profundos e muito penalizantes da nossa vida?
Esta
questão das mudanças climáticas é já uma das condicionantes da economia que
outros aspectos igualmente graves também constrangem e levam muitos cientistas
a serem peremptórios na declaração do fim do crescimento que o Clube de Roma
(CR) já questionou há quase meio século.
“Os
limites do Crescimento”, o relatório das investigações de uma equipa de
cientistas liderada pelo Professor Meadows, suportada pelo CR, mostrou muito
claramente que o crescimento económico tem limites. Posteriormente, outras
razões se acrescentaram às que o relatório considerou, entre as quais a
aceleração do aquecimento global que resulta das emissões excessivas de dióxido
carbono que a actividade económica produz e, deste modo, mais confirmam a
convicção de o crescimento económico tem limites que, porventura, já terão sido
ultrapassados.
Seria
interessante a leitura de “Revisitando os limites do crescimento: após o Pico
Petrolífero” da autoria de Charles A. S. Hall e John W. Day, Jr.
( http://resistir.info/peak_oil/hall_p.html)
(
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