ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A FRENTE DOS IGNORADOS


Acabo de ler que “os autarcas de três municípios, Porto, Matozinhos e Gaia, formalizaram, na semana passada, a associação da Frente Atlântica que reúne os três concelhos numa entidade através da qual pretendem obter fundos comunitários e lutar contra o centralismo”, o que me faz crer que desejam seguir no rasto daquele Alberto João que, volta e meia, ameaça com a independência se não lhe satisfizerem as birras.
Obviamente que existe um centralismo excessivo em Portugal mas que se não combate criando capelinhas nem grupos de conspiração.
Este problema resolve-se com o ordenamento e a organização do território há muitas dezenas de anos dividido em “províncias” e em “distritos” que, na realidade, não são nada nem alguma vez foram para além da "voz do dono" que tudo controla.
Num país onde esta questão, da maior importância para o desenvolvimento, foi referendada de um modo ridículo, tendo por base uma proposta sem sentido que argumentos que só poderiam convencer tolos derrotaram, como seria se todos os municípios que não conseguem fazer-se ouvir pelo poder central formassem uma frente na qual, obviamente, o Porto, Matozinhos e Gaia não teriam lugar porque pertencem à faixa litoral Lisboa – Porto que, por mil razões, bem se distingue do interior subdesenvolvido e ignorado.
Onde está a solidariedade que estes municípios da Foz do Douro que se conluiaram na "Frente Atlântica" deveriam ter para com os da "Frente Ignorada" se é seu propósito combater o centralismo?

Não basta já de tretas e de egoísmo para começar a fazer o que é indispensável para desenvolver o país?


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