Acabo
de ler que “os autarcas de três municípios, Porto, Matozinhos e Gaia,
formalizaram, na semana passada, a associação da Frente Atlântica que reúne os
três concelhos numa entidade através da qual pretendem obter fundos comunitários
e lutar contra o centralismo”, o que me faz crer que desejam seguir no rasto
daquele Alberto João que, volta e meia, ameaça com a independência se não lhe
satisfizerem as birras.
Obviamente
que existe um centralismo excessivo em Portugal mas que se não combate criando
capelinhas nem grupos de conspiração.
Este
problema resolve-se com o ordenamento e a organização do território há muitas
dezenas de anos dividido em “províncias” e em “distritos” que, na realidade,
não são nada nem alguma vez foram para além da "voz do dono" que tudo controla.
Num
país onde esta questão, da maior importância para o desenvolvimento, foi
referendada de um modo ridículo, tendo por base uma proposta sem sentido que
argumentos que só poderiam convencer tolos derrotaram, como seria se todos
os municípios que não conseguem fazer-se ouvir pelo poder central formassem uma
frente na qual, obviamente, o Porto, Matozinhos e Gaia não teriam lugar porque
pertencem à faixa litoral Lisboa – Porto que, por mil razões, bem se distingue
do interior subdesenvolvido e ignorado.
Onde
está a solidariedade que estes municípios da Foz do Douro que se conluiaram na "Frente Atlântica" deveriam ter para com
os da "Frente Ignorada" se é seu propósito combater o centralismo?
Não
basta já de tretas e de egoísmo para começar a fazer o que é indispensável para desenvolver o
país?
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