ACORDO ORTOGRÁFICO

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sábado, 6 de dezembro de 2014

CRISES BOLHOSAS


Não são os aspectos financeiros que mais me fazem temer pelo futuro, sobretudo pelo daqueles por cuja existência também sou responsável. E são muitos.
Há outras questões, outros aspectos, aos quais venho chamando “as doenças da civilização”, dos quais estas “crises bolhosas” não são mais do que sintomas cujo tratamento não cura a verdadeira maleita.
Os que costumam ler o que escrevo, ter-se-ão dado conta das muitas vezes em que, desde há vários anos, tenho contrariado esta esperança no regresso ao passado recente como solução para recuperar um modo de viver que o mais vulgar bom senso mostra não ser mais possível pelos males que causa.
São muitos os avisos que a gente de saber tem feito ao mundo e outras tantas as que o mundo lhes não presta atenção.
Porque me não conto entre os que sentem prazer na dor que possam sofrer, não é do meu agrado augurar o futuro doloroso que o desprezo pela realidade possa causar, julgando, como o saber milenar recomenda, ser bem melhor prevenir do que remediar.
Mas porque o perigo continua a ser, para mim, uma preocupação, não me deixam indiferente as notícias que, como esta que aqui fica reproduzida, fala das previsões fundamentadas de quem, também a tempo, avisou acerca da crise que, em 2008, se iniciou com o rebentar da “bolha” imobiliária nos Estados Unidos onde, tudo o faz crer, outra estará prestes a rebentar.
Não ficarei surpreendido se for mesmo assim, o que mais agudizará a verdadeira crise que, a prazo, põe em causa o futuro da própria Humanidade.

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