As greves na TAP
tornaram-se um hábito que já não surpreende ninguém. Fazem-se por tudo e por
nada ou, como também se pode dizer, por razões tão rebuscadas que começam a não
esconder que talvez não sejam aquelas pelas quais verdadeiramente são feitas.
O pessoal de cabine, os
pilotos, o que põe a escada, o que tira a escada, os bagageiros ou seja lá quem
for, vão-se revezando nesta dança das greves que, parece que ainda disso se não
aperceberam, não defendem os seus interesses mas antes os prejudicam tal como
prejudicam a todos nós que somos, afinal, os donos da companhia!
Interessante não deixa de
ser o oportunismo com que são feitas, de modo a causar os maiores prejuízos,
não apenas à companhia que lhes dá trabalho como aos utilizadores que, por
certo, de outras vezes escolherão outra transportadora.
Parece-me que começam a
ser cada vez menos os que ainda alinham na justeza deste direito tão arbitrário
que nem carece de razão de ser.
O que poderá justificar
uma greve que, nestes tempos de enormes dificuldades financeiras, causa
prejuízos de mais de cem milhões de euros, sem contar os que a terceiros são
causados.
Recordo, decerto por esta
incerteza nos serviços que presta, os tempos iniciais da TAP que não primavam
pelo melhor desempenho e que nos levavam a interpretações sui generis desta sigla
que tanto poderia ser “Transportes Assim P…” ou, de uma maneira mais suave, “Take
Another Plane”, além de outras mais.
Parece que esses tempos
estão a regressar e que, por isso, a TAP volta a ser uma companhia pouco
confiável, talvez a ser preterida a favor de outras em que mais se possa
confiar.
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