ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

OBVIAMENTE… OS DIREITOS PAGAM-SE!


A torto e a direito se invocam os direitos que a Constituição consagra e, seja o direito qual for, é incondicionalmente exigido.
E a nossa Constituição é pródiga em concede-los na saúde, na educação, na habitação e em muitas outras coisas mais que, para respeitar a sua letra, nesta altura já deveriam ser gratuitos ou revistos os seus propósitos para os tornar exequíveis pois a Constituição tem 38 anos, idade bastante para ser adulta e responsável. 
Mas não é, porque ainda se presta a muitas confusões como o Tribunal Constitucional e constitucionalistas têm revelado nas suas decisões e nos seus pareceres.
É uma Constituição que reflecte um estado de espírito que já devia ter evoluído há muito porque uma “revolução” que se mantém ao fim de quarenta anos não foi, por certo, bem sucedida porque, em vez do regime democrático que pretendeu implantar, deu lugar a uma guerrilha!
Esqueceram-se os constituintes de Abril que os direitos se pagam e que aquilo que os sustenta não é inesgotável.
Deviam tê-lo já aprendido ao fim de três resgates financeiros que um “socialismo mal entendido” provocou porque, usando uma expressão popular, “se meteu em cavalarias altas” sem ter nem cavalos nem cavaleiros para tal.
Por isso estranho que seja o PS, em cujas governações sempre as pré-bancarrotas aconteceram, o grande salvador da situação que vivemos porque, está feita a prova, os seus princípios socialistas não estão em sintonia com a realidade do país. Por isso, levianamente, tentou implantar o socialismo que um país que não somos lhe inspirou. Drama que mais se complica num mundo com os problemas que em outros tempos ainda não eram sentidos e depois de a realidade ter desmitificado outros socialismos semelhantes.
A acontecer, como parece, será um retrocesso perigoso no tratamento de uma “doença” causada por excessos cujos efeitos nefastos apenas se curam com sacrifícios que os evitem e, por isso, poderá ser aquela recaída que, como bem se sabe, é sempre mais grave do que o primeiro mal.
Quando Victor Gaspar, o mal amado primeiro ministro das finanças do governo de Passos Coelho, afirmou que teríamos de decidir qual Serviço de Saúde estávamos dispostos a pagar, pouco faltou para ser enforcado!
Mas tinha toda a razão porque os direitos pagam-se! E os economistas sabem disso muito bem, pois são como os almoços que nunca são de graça...


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