Tem
sido estranho o comportamento de António Costa que, creio, está convencido de
ser ele quem será o escolhido para governar o país depois de 2015. Do que se
lhe tem ouvido, tanto parece ser a “esquerda” a sua preferência para alianças
pós-eleitorais como poderá ser a “direita” a sua escolha se, porventura, não
tiver a maioria que deseja.
Pelo
menos é a segunda hipótese a que parece mais provável depois do encontro que, a
seu pedido, o primeiro-ministro lhe concedeu.
Dizem as notícias que,
nesse encontro, António Costa defendeu um compromisso para que o país tenha um
projecto comum, o qual, no entanto, apenas seria válido depois das eleições!
Quanto ao projecto comum,
não tenho a menor dúvida de que é isso de que Portugal precisa para se ver livre
da situação pantanosa em que tem vivido, quanto mais depressa melhor.
É aqui que começa o meu
espanto ou talvez não, porque já me não restam dúvidas àcerca do oportunismo
desta aventura de Costa para a retoma do poder pelo PS, para com ele fazer o
que ainda não quis dizer, concretamente, o que será.
Senão, porque não propõe Costa que tal compromisso se inicie já em vez de, como diz, Portugal se enterrar ainda mais com esta governação?
Senão, porque não propõe Costa que tal compromisso se inicie já em vez de, como diz, Portugal se enterrar ainda mais com esta governação?
Ser-lhe-ia fácil realizar,
de imediato, um tal propósito já que Passos Coelho o tem pedido desde há muito
tempo. Passos Coelho não poderia recusá-lo agora!
Mas, pelos vistos, a situação não será assim tão má para nos podermos dar
ao luxo de deixar passar mais um ano antes de iniciar um forte esforço para
melhorar o futuro.
É muito estranha esta
proposta que, pelos vistos, Costa fez sem cerimónia ou, sequer, qualquer
preocupação pela evidência do oportunismo a que, pelo menos aparentemente, ela corresponde. Se o não for, serão outras as dúvidas que se me colocam.
Se fosse necessário
demonstrar como a maioria dos nossos políticos pensa em si bem antes de pensar
no país, de pensar em todos nós e nos problemas que nos causam as suas lutas
pelo poder, esta atitude seria uma prova inequívoca disso mesmo.
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