ACORDO ORTOGRÁFICO

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

MAIS UM ALERTA: O CAIXOTE DO LIXO DA TERRA ESTÁ A FICAR SATURADO


Desde sempre, os oceanos foram o "caixote do lixo" da Humanidade que neles lança, continuamente, quantidades enormes de resíduos com as mais diversas características, orgânicas, metálicas, químicas, tóxicas e radioactivas.
A poluição oceânica atinge já níveis tão elevados que são causa de problemas muito sérios que, a curto prazo, nos virão a causar incómodos muito graves.
Descarregados directamente em alto mar, resultantes de derrames em extracções petrolíferas e de acidentes com petroleiros ou carreados pelos inúmeros rios que drenam os continentes dos quais transportam, por arrastamento, em suspensão ou dissolvidos, esgotos domésticos, esgotos industriais, produtos químicos diversos utilizados em processos industriais, em fertilizantes, em esfoliantes, em pesticidas, etc, os resíduos vão-se acumulando nos oceanos onde a poluição crescente interfere já com as suas importantes funções no equilíbrio ambiental e põe em risco as colónias de seres vivos que os habitam.
Mais recentemente, sobretudo ao longo das últimas décadas, os plásticos tornaram-se um caso muito especial entre os resíduos da actividade humana, tanto pela sua quantidade como pelas suas características de grande resistência à degradação.
Flutuantes, os plásticos concentram-se em zonas para onde os “giros oceânicos” os arrastam, formando “ilhas” que, em alguns casos, atingem milhares de quilómetros quadrados.
Os resultados do trabalho de especialistas de diversos países ao longo de seis anos, entre 2007 e 2013, informa, em relatório acabado de publicar, que serão, pelo menos, 5.250 mil milhões o número de partículas de plástico que flutuam nos oceanos, com um peso total estimado de cerca de 269 mil toneladas.
Pela acção mecânica das ondas e pela exposição ao Sol, o plástico vai-se subdividindo em partículas cada vez mais finas que atingem dimensões quase indetectáveis, pelo que os cientistas crêem ser bem maior do que a estimada a quantidade de plásticos nos oceanos que são a causa da morte, em cada ano, de mais de um milhão e quinhentos mil animais marinhos que os ingerem ou por eles são sufocados.
Também muitos milhares de aves pesqueiras são afectadas e acabam por morrer.
As micropartículas de plástico vão-se afundando nos oceanos, Algumas serão ingeridas pelos animais que vivem a maiores profundidades, enquanto outras atingirão os fundos onde se depositarão, afectando ecossistemas que ainda mal ou nem sequer conhecemos.
Naturalmente, muito do peixe pescado conterá cada vez mais partículas de plástico que serão nocivas à saúde humana que, por certo, acabará por ser seriamente afectada.

NOTA HISTÓRICA (de wikipédia): "A designação "plástico" origina-se do grego  plassein e exprime a característica dos materiais quanto a moldabilidade (mudança de forma física). Adopta-se este termo para identificar materiais que podem ser moldados por intermédio de alterações de condições de pressão e calor, ou por reacções químicas.
O primeiro acontecimento que levou à descoberta dos plásticos foi o desenvolvimento do sistema de vulcanização, por Charles Goodyear, em 1839, dicionando enxofre à borracha bruta. A borracha tornava-se mais resistente ao calor.
O segundo passo foi a criação do nitroceluloide, em 1846 por Christian Schönbein, com a adição de ácido sulfúrico e ácido nítrico ao algodão. O nitroceluloide era altamente explosivo e passou a ser utilizado como alternativa à pólvora. Posteriormente, foi desenvolvido o celuloide com a adição da cânfora. Esse novo produto tornou-se matéria-primana fabricação de filmes fotográficos, placas dentárias e bolas de pingue-pongue.
Em 1909Leo Baekeland criou a baquelite, primeiro polímero realmente sintético, podendo ser considerado, portanto, o primeiro plástico. Era resultado da reação entre fenol eformaldeído. Tornou-se útil pela sua dureza, resistência ao calor e à eletricidade.
Na década de 30 foi criado um novo tipo de plástico: a poliamida ou comercialmente chamada de Nylon.2 Após a Segunda Guerra Mundial foram criados outros, como o dácron, o isopor, o poliestireno, o polietileno e o vinil. Nesse período, os plásticos se difundiram no cotidiano das pessoas de tal forma a não ser possível imaginar o mundo de hoje sem eles".


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