ACORDO ORTOGRÁFICO

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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O EXEMPLO DE FRANCISCO


Acabo de ver uma peça sobre o Papa Francisco que, como desde que o conheço sempre tem acontecido, me tocou profundamente.
O Rabino de Buenos Aires falou com a maior admiração deste Homem, seu amigo de longa data, que ignora protocolos, tem atitudes simplesmente humanas, destruiu privilégios, despojou o alto clero de riquezas e quer transformar a Igreja Católica numa comunidade de gente humilde nos seus comportamentos mas orgulhosa da sua contribuição para o bem do mundo.
É um Papa que, pelo seu exemplo, aos poucos está a transformar o mundo, as mentalidades dos que lhe prestam atenção e se sentem tocados pela grandeza do seu espírito aberto e tão singelo.
Será, porventura também, o Papa que concentra o ódio dos que preferem a libertinagem do pensamento, das palavras e dos actos, acusam em vez de tentar compreender, atacam em lugar de promover a paz, se julgam deuses apesar da pequenez do seu ser.
Sem aquelas afectações na voz e nas posturas corporais que caracterizam a “beataria” inútil, com a total compreensão das fraquezas próprias do ser humano, com as dúvidas que qualquer um pode ter sobre o que o transcende, sem o distanciamento que aos grandes personagens confere “dignidade” e com a modéstia que caracteriza os seres verdadeiramente humanos, Francisco iniciou uma revolução de mentes e de comportamentos que faz dele um autêntico sucessor de S. Pedro e da Igreja que chefia a verdadeira casa de Deus que a qualquer pode acolher.
E uma ideia me surgiu, a de que deveria acontecer na política o mesmo que aconteceu no Vaticano onde a linguagem e os comportamentos passaram a ter o significado que é o comum a toda a gente, sem as subtilizas com que as “linguagens políticas” encobrem verdades importantes e iludem realidades que deveriam de todos ser bem conhecidas para que, em plena consciência, delegassem o poder que a democracia diz pertencer-lhes.


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