Vão longe os tempos em que
acordava quando a banda, numa alvorada feliz, passava na rua e, seguindo-a,
muito “povo” com ela celebrava o “DIA DA REDENÇÃO”.
Era o orgulho de uma nação
que não quis vergar-se aos caprichos castelhanos de domínio absoluto da
Península Ibérica. Era o Portugal que quis continuar a sê-lo, assumindo a
responsabilidade de o ser.
Era uma celebração que ainda
vivi no maior empenhamento por muitos anos mas que, ao longo dos
últimos tempos, se foi perdendo. Era a alegria de podermos continuar a ser
portugueses mas que foi esquecida, envolta na ignorância em que caiu o passado
de um país cada vez mais mal amado.
E como se a independência
fosse um valor perverso, até a sua celebração deixou de estar presente no
calendário que regista os momentos mais importantes da nossa História!
Já não sabe a nossa
juventude entoar os cânticos da celebração da liberdade porque parece preferir viver
na dependência do que outros por si possam fazer.
Canta-se o Hino Nacional talvez
apenas porque assim fica bonito de fazer no início dos jogos que a Selecção de
futebol disputa aqui e ali!
Quanta da nossa juventude
sabe o que sucedeu naquele Primeiro de Dezembro de 1640? Quem foram os 40
conjurados que D João Pinto Ribeiro comandou? Que fizeram eles ao Miguel de
Vasconcelos, o reles secretário de estado da Duquesa de Mântua que mandaram de
volta para a sua terra?
Não sou nem nunca fui fã
de feriados por tudo e por nada, mas que o DIA DA INDEPENDÊNCIA o não seja, é
coisa que me não cai bem.
Por isso no meu coração hoje
o celebro com a mesma intensidade com que sempre o fiz!
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