ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

terça-feira, 31 de maio de 2011

SE ESTÁ MAL PIOR NÃO FICA…

Há ainda gente indecisa, gente que não sabe em quem votar.
É natural porque sempre haverá indecisos até à última hora. Mas haver quem pergunte em quem votará se não votar em Sócrates, é pergunta estranha de se ouvir.
Faz-me lembrar os macaquinhos que tapam os olhos para não ver, os ouvidos para não ouvir e a boca para não falar, a avestruz que tenta ignorar o perigo enterrando a cabeça na areia ou, melhor talvez, alguém para quem a sorte não foi benevolente na hora de escolher alguns predicados.
Depois de tudo o que já se passou neste país, das tropelias em que a imaginação de Sócrates é fértil, do seu diz e desdiz constante com que consegue desnortear os menos avisados, a questão deveria ser outra: ainda não sei em quem votar, mas sei que em Sócrates é que não votarei.
De facto, perante a situação de catástrofe a que o nosso país foi levado, só me vem à cabeça o apelo do Tiririca, o palhaço brasileiro que foi eleito senador: “se está mal, pior não fica”!
Mas melhor será ter esperança e votar depois de uma reflexão sobre as alternativas que temos.

domingo, 29 de maio de 2011

“ESCREVER JULHO OU SEGUNDA VERSÃO”!!!

Não sei se alguém ainda consegue admirar-se com as tropelias que Sócrates faz a toda a hora!
Desta vez a coisa foi, como ele diz, um “simples ajustamento” que faz passar obrigações difíceis de cumprir adiantarem-se no calendário que fazia parte do acordo que o seu governo assinou com a “troika” e que PSD e CDS se comprometeram a respeitar.
Isto significa que, depois de assinado o acordo para a ajuda a Portugal, Sócrates renegociou, desnecessariamente, com os seus “amigos” da União Europeia aumentar as dificuldades que ele já continha.
Se pensarmos que as eleições serão a 5 de Junho e que a tomada de posse de um eventual novo governo será lá mais para o final do mesmo mês, adiantar para Julho uma série de obrigações que não são fáceis de cumprir é passar uma grande rasteira ao país, como que uma vingança por não o reeleger para um cargo no qual mostrou ser mentiroso e incompetente.
Para este Sócrates que deveria emigrar para o Tibet, não existe uma segunda versão do acordo porque se limitou a escrever “Julho”!!!!
E se fosse para o Diabo?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ OU ABORTO LIVRE?

A interrupção voluntária da gravidez que não esperaria ver referida nesta campanha, acabou por fazer o seu aparecimento. Inoportuno quanto a mim, mas nem por isso sem importância.
Bem pelo contrário, é um tema importante, como o serão outros de natureza social e moral que já foram decididos pelos governos de José Sócrates que, pela a legalização do aborto, dos casamentos homossexuais e mais tudo o que estes possam acarretar, considerou Portugal na vanguarda dos países mais evoluídos do mundo!
Mal sabíamos nós, então, a evolução real que teríamos, desde um país que se julgava rico e estável, até à situação de penúria humilhante que vivemos.
Andámos distraídos com tantas coisas que nos colocavam no tecto do mundo, leis vanguardistas, auto-estradas, automóveis, telemóveis e tantos outros excessos, que nem demos conta do abismo que se aproximava.
Chegados à beira de um precipício enorme, apenas nos ficam as hipóteses de, sensatamente, recuarmos ou de nele nos lançarmos deixando ao acaso o que possa acontecer. Quem sabe um “anjo” nos tome em seus braços…
Nas transformações que consentiu, Portugal não se deu conta de que, a par da identidade muito própria que perdia, igualmente enfraquecia a personalidade que o distinguiu ao longo de séculos e o respeito que tinha por si próprio e, assim, ia iniciar o caminho que o pode levar ao seu fim.
De tal modo as coisas se modificaram que da família pouco resta (será para esconder como Sócrates faz com a sua), do respeito nada resta e somos cada vez menos.
O censo populacional cujos resultados estão em elaboração, dirá que somos, os residentes em Portugal, um pouco mais de dez milhões. Estudiosos dizem que, à taxa de evolução demográfica que temos, não seremos mais de seis milhões lá para o final do século.
Se a esta percepção aliarmos todas as consequências que terá, acabaremos por ter a noção de um país enfraquecido, envelhecido, empobrecido e sem possibilidades de sustentação!
Seriam, quanto a mim, estas perspectivas dramáticas que deveriam preocupar os políticos que, assim, deveriam estabelecer políticas e metas de desenvolvimento que evitassem este desastre!
Se o tema do aborto foi reencontrado nesta campanha e revelada a preocupação de analisar a lei que o rege para que a interrupção voluntária da gravidez não seja o aborto livre, significa que quem o fez se preocupa com tão importante problema social tal como, decerto, se preocupará com outros que, ao contrário de nos tornarem um país evoluído, fazem de nós um povo em extinção!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

AS NOMEAÇÕES DE “BOYS” E AS SONDAGENS

Será um modo de por um travão nas nomeações de “boys” o cumprimento da promessa de Passos Coelho de criar um site público “onde será publicado todos os dias o que, porquê e para quê foi nomeado, seja para onde for”.
O líder do PSD afirmou, ainda, que “nomearemos com transparência aqueles que por mérito e competência merecerem ser nomeados”.
Depois do que a comunicação social nos trouxe ao conhecimento sobre carreiras fulgurantes e notório enriquecimento de algumas personalidades sobre as quais existem suspeitas de práticas dolosas, além de comportamentos de detentores de cargos que mostram excesso de zelo que condiz com incondicional lealdade ao “regime”, a promessa de Passos Coelho poderá ser um meio de contrariar uma prática que permite a suspeita de contrapartidas socialmente reprováveis, infelizmente muito frequentes.
Este seria mais um contributo importante nas mudanças de que Portugal carece para poder ser, de novo, um país bem sucedido.
Chocou-me, ou talvez não, um comentário que ontem escutei num canal televisivo, no qual se dizia que o PS havia criado uma enorme rede controladora que chegaria às próprias sondagens. Não tomo esta declaração como explicação para tanta coisa esquisita que sucede, mas bem poderia sê-lo!
A verdade, porém, é que as sondagens continuam estranhas e sempre que alguma dá vantagem significativa ao PSD, logo outra se segue a colocá-lo a par do PS.
Igualmente estranho continua a ser o apoio que, aparentemente, Sócrates ainda consegue, ao invés do que em outros países aconteceria, nos quais os insucessos governativos são duramente punidos porque os cidadãos, em vez de preconceitos partidários, têm em conta os verdadeiros valores e interesses que a democracia permite e deve salvaguardar.
Também em Portugal, normalmente, seria assim mas… serão assim tantos os que, se o PS perder as eleições, ficarão sem tacho?

terça-feira, 24 de maio de 2011

MENTIRAS QUE RENDEM

Depois do que se soube em relação a nomeações encapotadas, a despesas sonegadas na contabilidade pública para favorecer o “desempenho do défice”, aos apoiantes arregimentados entre emigrantes necessitados a quem dá transporte e comida, além de outras “espertezas saloias” em que o PS de Sócrates se especializou, nenhum país minimamente civilizado confiaria nele nem no seu governo que, por incompetência, o arruinou.
A verdade, porém, é que o descaramento de Sócrates que faz de nós patetas ignorantes a quem um desmentido inflamado convence, gera dividendos políticos que apenas um país politicamente impreparado está disposto a pagar.
Mesmo perante as evidências que provas irrefutáveis não permitem desmentir, o líder socialista acusa o seu mais directo adversário de estar a fazer uma “campanha de incidentes”, de dizer mentiras e que melhor faria se, antes de falar, se informasse. Um Secretário de Estado permite-se, mesmo, falar de irresponsabilidade e de desonestidade da parte de quem denuncia o que é verdade, o que é, no mínimo, estranho e só aceitável em repúblicas de bananas.
Ao invés do que sucederia e está a suceder em outros países, Sócrates pensa, talvez com alguma razão, estar ao seu alcance uma nova vitória que lhe permita continuar a fazer de Portugal o bobo da Europa, o país que é governado por alguém que o Mundo tem já em muito pouco apreço.
Não posso ter qualquer certeza sobre o sucesso da governação que se seguirá a Sócrates mas, por certo, os portugueses haverão de querer outro governo no qual possam depositar alguma esperança porque não desejarão continuar do mesmo modo, num rumo de governação que, de PEC em PEC, nos arruína. Esta seria a solução que só um país masoquista escolheria!


segunda-feira, 23 de maio de 2011

UM PS “UNIVERSAL” QUE FALA MAL PORTUGUÊS E NÃO VOTA, MAS SE DEIXA TRANSPORTAR ATÉ À FESTA E COME DE BORLA!

Num daqueles programas de “opinião pública” em que cada um diz o que quer, seja um lugar comum, a repetição da “voz do dono”, qualquer coisa que inventa ou convém à causa que defende, mas raramente algo que valha a pena escutar, ouvi uma participante criticar Passos Coelho pelos jantares que as Juntas de Freguesia pagam aos convidados que o apoiam, acabando a dizer que, no dia 5 de Junho, não vai votar.
Fiquei surpreso por não ver os responsáveis pelo programa corrigir o erro porque uma reportagem da mesma estação mostrou ser o PS o partido que recorre a esses expedientes de transportar e alimentar “apoiantes” que mal falam português e não podem votar, bem como porque a “convidada” se esforçou por justificar e, até, generalizar a atitude absentista pela falta de confiança nos políticos que, alguém que revelou não ter conhecimento de causa nem cultura política, ali apresentou como razão para não votar!
Pobre país onde tão facilmente se dá voz ao disparate, onde quase se cultiva o ódio aos políticos e nada se faz para esclarecer as atitudes que são próprias da democracia e a podem justificar ou desqualificar. Estas, desqualificam-na, certamente.
Neste país que se está a revelar estranhamente permeável à ignorância, ao obscurantismo e ao oportunismo político, sobejam estes programas de má qualidade que nada mais fazem do que baralhar os que já tenham poucas ideias, com “convidados especialistas” que, não raro, são bem piores do que os políticos que criticam.
A “classe política” é uma emergência da “classe intelectual” que por aí pulula e age como se tudo soubesse, até mesmo o que se deveria fazer para tornar o país melhor. Porém, nada faz nem se arrisca a fazer porque maldizer é bem mais fácil.
Como poderão, lá por fora, pensar bem de nós os que não conseguem entender estas atitudes, os que estranham a interpretação que gente demais ainda faz da situação grave que enfrentamos e as suas propostas para a resolver, os que não compreendem o modo como tantos enjeitam as suas responsabilidades de escolha e, sobretudo, o mundo que não entende como não somos capazes de responsabilizar os incapazes que conduziram o nosso país à situação humilhante em que se encontra.
Talvez seja este contra-ciclo com o que noutras paragens se passa que nos faz andar para trás enquanto outros avançam!

COMO PUDERAM FAZER ISTO AO PAÍS?

É o lamento patético de quem, em pouco mais de cinco anos, quase duplicou a dívida pública portuguesa até ao valor do que o país produz num ano inteiro, fez parcerias e realizou obras ruinosas para as finanças públicas ao ponto de minguar demais os meios disponíveis para as boas causas, urdiu intricadas confusões em que a política portuguesa se enredou, não teve noção do perigo para o qual os seus desvairos arrastavam Portugal e, mesmo assim, se sente injustiçado por lhe não terem consentido, de novo, limpar o mal que fez com mais suor de quem trabalha e maior sofrimento dos pensionistas e dos cada vez mais desempregados!
Estes são os “créditos” de quem conseguiu um excedente orçamental no primeiro trimestre de 2011 apenas pelo aumento de impostos, apesar do acréscimo das despesas correntes do Estado!
Os disparates estão feitos e as consequências terão de ser sofridas, mas consentir que prossiga uma governação que, de PEC em PEC, não conduziu por outro rumo senão o do endividamento sucessivo seria aceitar, passivamente, a ruína; permitir que se mantenham as desconfianças que a maioria dos portugueses têm de Sócrates e dos seus “amigos”, será consentir que a Justiça, indispensável à harmonia e evolução social, se continue a arrastar na lama das “ruas da amargura”; deixar que um país sem grandes recursos materiais continue a fazer vida de rico e a apostar em projectos excessivos é contribuir para uma dívida monstra que nem os mais insuportáveis sacrifícios poderão pagar!
Por isso, desta vez, a técnica da mistificação que procurará passar para outros ombros o peso das culpas que só ao governo de Sócrates pertencem, não poderá ser bem sucedida, porque já foi longe demais!
Ouvimos e ouviremos dizer que o PEC4 era necessário porque medidas ainda mais duras resultarão do pedido de ajuda que foi feito à “amiga” União Europeia e ao FMI; dizem e continuarão a dizer que a crise política que a não aprovação do PEC4 provocou é a causa de todas as desgraças que vivemos e por muito tempo ainda viveremos; proclamam e proclamarão a culpa de quem travou o “êxito” da governação socialista, apontando “factos” que, para o serem, carecem de provas que não há nem explicam porque, em 2012, Portugal será o único país do mundo em recessão.
Enfim, muito mais se diz e dirá, na tentativa de confundir quem terá de escolher os seus novos representantes democráticos porque, para além de acusações e de mentiras bem urdidas, pouco terão para dizer.
Estamos habituados a artimanhas nas quais a mentira e o engano se tornaram procedimentos comuns, mas não pode continuar a ser um pressuposto aceitável que em política se tolerem atitudes que socialmente se reprovam. A governação precisa de outro nível para ser respeitada e terá de comportar-se como exemplo de um país que precisa de todo o seu orgulho, de toda a força e dignidade para se reerguer. O confronto político terá de perder o jeito reguila e “malhador” que alguns personagens lhe conferem e voltar a ter a dignidade e a verdade própria dos que representam um povo que merece ser respeitado.
Não acredito em projectos para fazer voltar o país aos tempos do despesismo descuidado, do incentivo ao consumo do supérfluo que faz a “má economia” crescer e nem é isso que desejo de quem venha a governar Portugal. Apenas espero o bom senso e a contenção própria de quem bem lhe conheça as limitações e as potencialidades para escolher o rumo certo que até agora lhe não foi dado, sob pena de ainda mais graves consequências.
Para quem esteve atento e apesar dos protestos veementes de capacidade que Sócrates e o seu governo sempre clamaram, a verdade é que o “fim da linha” estava já diante dos nossos olhos e há muito tempo se deveria ter corrigido o percurso, pois nenhum PEC, o 4 e todos os que se lhe seguissem, o evitaria. Até a banca portuguesa, incluindo o banco do Estado, não poderia continuar a co-financiar uma dívida pública injustificadamente crescente que, deste modo, ficou à inteira mercê dos mercados gananciosos que sugam as suas presas até ao tutano.
Na defesa teimosa e ilusória de uma situação insustentável, o governo estava a arruinar o que de mais estável ainda existia nas finanças portuguesas, uma banca que não se havia deixado intoxicar excessivamente pelas loucuras que fizeram a crise financeira internacional. Será uma banca da qual as preconceituosas agências de notação financeira dão referências muito abaixo das excelentes que atribuíram ao gigantesco banco Lehman Brothers na véspera de falir e lançar o mundo na confusão em que se encontra, mas é a banca que temos e pode evitar que à falência de um Estado se junte a falência de um país.
Com ou sem PEC4, o pedido de ajuda externa há muito era inevitável, há muito que deveria ter sido feito, sendo patética a atitude de “fidalgo arruinado” que o governo adopta e injustificável a imagem de “vítimas” com que pretende que sejam olhados os incapazes que tomaram tantas decisões de consequências desastrosas.
Não é intenção destes meus desabafos influenciar seja quem for nas suas intenções de voto mas, tão só, pedir a todos a atitude responsável de uma decisão justa e fundamentada na escolha que, dentro de alguns dias, seremos chamados a fazer. A situação é extremamente grave. Não contribuir, conscientemente, para a sua resolução será pecado que a História não perdoará.
Não está em causa se Portugal foi ou não vítima da ganância dos “mercados” mas sim o facto de, por uma política de “novo-riquismo” leviano, caviloso e gastador ter dado lugar às condições propícias para tal. Por isso, todos deveremos exigir dos políticos a atitude que não têm tido no modo como cuidam do bem comum e o fim das palavras ocas e das promessas esquecidas depois de conquistados os votos; há que fazer-lhes sentir recriminação pela forma como deixam que interesses particulares sejam privilegiados em prejuízo dos de todos nós e dizer-lhes, também, que basta de afrontar a pobreza com situações de lautos privilégios que a classe política e dirigente deste país a si própria atribui. Num país pobre, onde não há condições para desperdícios, a justiça social é particularmente importante. Por isso deve exigir-se.
Porque sou parte conscientemente interessada no futuro deste nosso Portugal, não me coíbo de dizer o que penso nem de insistir no pedido para que todos se decidam na boa consciência que apenas a reflexão e o bom senso podem gerar, sem pressupostos de partidarismo cego, para depois não termos de dizer, à semelhança de uma cantiga muito em voga: que país tão parvo, onde para ser escravo é preciso votar.
Rui de Carvalho
Lisboa, 18 Abril 2011
(publicado no Notícias de Manteigas de Maio)

sábado, 21 de maio de 2011

AS NOVAS OPORTUNIDADES

Achei estranho que Sócrates não tivesse levado ao debate com Passos Coelho a questão das “novas oportunidades” já que julgara as declarações do líder do PSD, sobre essa questão, uma falta de respeito às pessoas que por lá passaram.
Mas as declarações de uma “formadora” de Setúbal parece terem tirado as dúvidas sobre os tais “certificados de incompetência” quando diz que aos formadores não eram dadas condições por causa da pressão dos números, da exigência de resultados, enfim, por causa das tais estatísticas que “mostram serviço” e lhes eram exigidas continuadamente!
Quanto a faltar ao respeito a quem por lá passou, não me parece que se possa comparar ao despudor de obrigar pessoas a ir para lá “sob pena de perderem o subsídio de desemprego”…
Nem me passa pela cabeça que quem faz estas acusações que são as razões pelas quais se afastou do projecto, esteja a brincar com coisas sérias, como não estavam outros que, em outras oportunidades, já falavam na “pressão das estatísticas” do governo socialista!

PORTUGAL, UM PAÍS DIFERENTE!

Vendo Sócrates ufanar-se pela redução do défice em 75%, sem dizer que foi conseguida, sobretudo, pelo aumento de impostos porque apenas em 11% se deve à redução da despesa e que esta foi, na sua grande maioria, resultante dos cortes em salários de funcionários públicos, fico preocupado com a desfaçatez com que se apresentam factos que prejudicam a enorme maioria dos portugueses como um êxito da governação.
Mais me preocupa que a lábia do ainda Primeiro-Ministro possa convencer gente demais que confunde o seu “carrasco” com o seu “salvador”!
Nunca antes vira uma situação como esta que um singular conjunto de hábeis mistificadores conseguiu criar!
Parece-me, contudo, que o frente-a-frente de hoje, entre Passos Coelho e Sócrates, começou a deixar claro como são conseguidos os êxitos do líder socialista. Ataca com muita "imaginação" para não ter de se explicar. Como habitualmente consegue alcançar este intento, há quem fique enredado num palavreado reguila tão do agrado de muita gente. Infelizmente!
O debate mostrou um Sócrates sem novidades, repetitivo nos argumentos e nas técnicas para confundir e enredar o adversário, o que hoje não lhe correu muito bem.
Porém, um país não se governa com palavras e, muito menos, com resultados e estatísticas que escamoteiam a realidade e apenas têm como objectivo convencer os que têm preguiça de pensar.
A campanha eleitoral vai começar. Depois de uma pré-campanha em que a estratégia manhosa e de curto prazo de Sócrates parecia, até hoje, levar a melhor mas se esgotou, é justo que a sobriedade, a verdade e as ideias tomem o seu lugar numa batalha de vida ou de morte que, todos, teremos de travar!
Esperemos que a campanha seja esclarecedora e que, como o bom senso recomenda, o país se decida a acabar com um estilo de governação que, por mais espectáculo que lhe proporcione, o levou a uma situação degradante e insustentável da qual não sairá facilmente.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O INSULTO É A ARMA DE QUEM NÃO TEM OUTROS ARGUMENTOS!

Esta notícia que, de todo, me não espanta, é perfeitamente compatível com o estilo Sócrates ou Santos Silva, o que mostra como tanto o mestre da mistificação como o “malhador” fizeram escola e têm seguidores à altura.
O que disse o deputado e presidente da Federação do Baixo Alentejo do PS, Luís Pita Ameixa e foi muito aplaudido por Sócrates, mostra bem como o insulto é a arma dos que não têm outros argumentos.
Apreciem esta beleza de introdução ao debate de amanhã entre Passos Coelho e Sócrates: “Esse africanista de Massamá (Passos Coelho) tem de demonstrar amanhã se tem unhas para tocar a guitarra do País”.
Dá para fazer uma ideia de como será a participação do líder socialista neste frente-a-frente que se adivinha tempestuoso e pouco bem educado da sua parte.
Em qualquer país politicamente decente mais não seria necessário para ser "executado" quer quem o disse quer quem o aplaudiu. Mas em Portugal… parece que o estilo rufião pegou de estaca.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ENTRE A INCOMPETÊNCIA COMPROVADA E A ESPERANÇA DE UM FUTURO MELHOR

É ao “povo socialista” que Sócrates se dirige para colocar o dilema segurança/aventura, no qual coloca em causa a capacidade de outro qualquer para governar!
Esta atitude faz pensar sobre o que é importante nas eleições, sobre o que deve determinar o sentido do voto dos eleitores: se o juízo que o passado dos candidatos permite, se as conjecturas que se possam fazer acerca da capacidade para o desempenho do cargo em disputa.
Sócrates refere-se, sem sombra de dúvida, a Passos Coelho que nunca foi membro de qualquer governo, ainda que tenha sido deputado. Considerá-lo inexperiente em governação não é difícil porque nunca governou, mas contestar a sua competência para governar é atitude que nada, para além de preconceitos partidários, pode consentir.
Em contrapartida e pelos resultados da sua governação ao longo dos últimos anos, a Sócrates apenas poderemos reconhecer incompetência, enquanto de Passos Coelho poderemos esperar que governe melhor!
O verdadeiro dilema será, pois, a escolha entre uma certeza de maus resultados garantidos e a esperança de resultados melhores que uma mudança possa trazer.

domingo, 15 de maio de 2011

PERANTE A GRAVE SITUAÇÃO DO PAÍS NÃO PODE HAVER INDIFERENÇA

Não são eleições vulgares as que no próximo dia 5 de Maio nos chamarão ao voto.
Como opções teremos, de um lado, o “artista” da governação que nos conduziu ao estado catastrófico em que nos encontramos e, do outro, dois conceitos diferentes e distintos para superar a crise e promover o desenvolvimento do país.
Diria o bom senso que na escolha não entraria o “ideólogo da miséria a que o país chegou”, como lhe chamou Bagão Félix, mas diz a realidade que entra e com a força que uma comunicação social constrangida, sei lá por que razões ou preconceitos, confere aos seus únicos e cada vez mais patéticos argumentos de que a culpa é dos outros e que apenas ele tem condições e experiência para governar!
Sobretudo, ataca o seu mais directo concorrente, Passos Coelho que, sem o seu “estilo safado, inflamado e convincente” parece ter mais dificuldade em garantir os votos de um povo não muito dado a pensar, habituado a estar na política como está no futebol e que não cuida bem do seu futuro.
Mas é do futuro próximo e distante de um país com quase nove séculos de História que se trata e não de um jogo qualquer que, se correr mal, se joga e volta a jogar na esperança de que, alguma vez, correrá bem.
Em qualquer arte, o estilo revela o artista, pelo que ninguém esperará ver assinado por Degas um quadro com as pinceladas curtas e firmes de Van Gogh nem encontrar nas esculturas de Cutileiro a suavidade das figuras de Miguel Ângelo. Então por que, na arte de governar, o futuro nos traria um Sócrates diferente daquele que, no passado, nos arruinou?
Por outras palavras diz o povo, na sua linguagem simples, que “cesteiro que faz um cesto faz um cento…”
É uma luta sem tréguas esta em que os portugueses deverão estar todos do mesmo lado que, por certo, não é o de Sócrates. Mas, estarão?

A FUGA PARA A FRENTE

A situação de Sócrates era desesperada e não teria saída senão através de uma crise que lhe permitisse passar de vilão a herói!
Portugal estava já às portas da bancarrota quando Sócrates dizia que podia vencer sozinho a crise. Portugal já tinha de contrair empréstimos de curto prazo, junto da banca nacional, para fazer face a compromissos inadiáveis, a pagamento de salários e outras coisas do dia a dia de uma governação. Já não havia saída que não fosse recorrer à humilhação de um pedido de ajuda quando, reprovado mais um PEC, o líder do PS faz a pergunta lapidar “como puderam fazer isto ao país?”.
Por isso, a crise de que tanto Sócrates quer culpar outros foi uma obra prima de encenação e de teatro daquele que, por certo, ficará na história como o mais trambiqueiro político português.
Não foi o Presidente da República capaz de proteger o país das tropelias deste “vendedor da banha da cobra”, tal como não tiveram outros arte de o desmascarar nos seus intentos de confusão e, por isso, pode agora dizer, com todo o despudor de que só ele é capaz, que está nesta campanha para enfrentar a crise!
Melhor seria dizer as crises, por serem a financeira que a sua má governação gerou e a política a que as suas manigâncias levaram.
Pergunto-me se, perante as evidências que, de um modo já muito claro, nos revelam o oportunismo de Sócrates, o país não deveria mostrar-lhe decidida e claramente o seu descontentamento e, até mesmo, dizer-lhe que o acusa dos dramas que vive! Mas terei de concluir que o povo, de quem Sócrates se diz camarada para o qual trabalha, gosta desta forma de fazer política, deste “viver de expediente” tão próprio do lusitano desenrascanço. Por isso ao povo cai bem este estilo de rufião desenrascado que, fazendo tábua rasa do seu passado se mostra como o homem do futuro, por isso o povo se sente seguro com quem lhe mete medo com o que outros possam fazer para prejudicar o país, como se ele não o tivesse já feito!

sábado, 14 de maio de 2011

AS SONDAGENS

Nunca as sondagens me pareceram tão estranhas como agora. De tal modo que quase me custa a crer que sejam feitas com o cuidado e a isenção com que o devem ser.
Bastará um pouco menos de atenção na selecção da “amostra”(*) ou até, se disso for caso, um jeitinho conveniente para que o resultado fique desvirtuado ou seja o que mais nos convém.
Depois de sondagens iniciais que apontavam para o claro e natural desejo de uma mudança que as circunstâncias mais do que justificavam, foram-se alterando e agora, a seguir a uma sondagem que dá vantagem ao PSD logo surge outra que a dá ao PS!
Mais estranhas me parecem quando as tendências que mostram são tão díspares da noção que a realidade nos dá, seja na convivência directa seja nas “redes sociais” onde se confrontam argumentos ou, simplesmente, preconceitos indicadores da orientação do voto. A noção que fica é de que uma grande maioria sente por Sócrates a repulsa que merece alguém que nos arranjou uma séria encrenca, que nos meteu numa grande alhada e nos fará passar por dificuldades que uma política sensata teria evitado!
Não é este o lugar para fazer um repositório das razões que mostram ser Sócrates um político descredibilizado ou um político que não merece o respeito e a consideração que, no estrangeiro, um político nacional deve ter.
Finalmente, para um resultado eleitoral fortemente punitivo para Sócrates há numerosas razões como o são os maus resultados da governação que fez, das tramóias que gizou e das “desconfianças” que a sua reputação justifica.
Mas se for o caso de os resultados das sondagens corresponderem a uma realidade inimaginável numa democracia esclarecida, então estarão em causa valores e conceitos que me fazem temer pelo futuro de Portugal. Por diversas razões.

(*) Feita sobre uma “amostra” seleccionada na presunção de possuir as características médias do “universo” a que corresponde, a sondagem tem a credibilidade que a amostra tenha, sendo os “intervalos de confiança” que as sondagens apresentam um mero parâmetro estatístico, por isso independente da “confiança” que a sondagem possa merecer.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

D. SÓCRATES DE LA MANCHA!

Numa daquelas tiradas muito ao seu estilo, afirmou Sócrates, num jantar de campanha em Viseu, que Portugal não precisa de lideranças que se dedicam “à discussão de cenários catastrofistas” para Portugal, mas que dêem alento aos portugueses, acrescentando que “o dever das lideranças neste momento é defender o nosso país…”
Foi-lhe inspirada esta tosca “oração patriótica” pela decisão de Passos Coelho de analisar as consequências de Portugal poder não cumprir o acordo assinado para a ajuda conjunta FMI/BCE/UE.
Sobretudo a parte em que Sócrates afirma que, nestas circunstâncias e em vez disso, o dever das lideranças é defender o nosso país, fez-me lembrar a imortal obra de Cervantes em que um D Quixote, ausente da realidade, luta contra moinhos de vento para defender a sua Dulcineia!
Sócrates, bem como quem o orienta neste estilo de campanha, não é louco de se expor ao ridículo de um discurso tão ingenuamente patriótico e voluntarioso se não tivesse alguma noção das suas consequências positivas junto do público a quem o dirigiu. Infelizmente, este tipo de campanha tem produzido os seus efeitos em quem, em vez de pensar, prefere entusiasmar-se com ditos bombásticos cuja nulidade a euforia disfarça!
Pareceu-me, também, paradigmático este discurso que privilegia o aventureirismo em vez da sensatez, o “vamos para a frente” antes do “vamos pensar” que fez chegar o país ao desgraçado ponto a que chegou, pois Sócrates agiu sem reflectir quando encheu o país de auto-estradas excessivas cujos elevadíssimos custos não são justificados pelos benefícios sociais que possam trazer, entrou na aventura dos aeroportos e TGV’s que a crise inevitável desaconselhava, foi sensível às lamúrias de um sector de obras públicas que lhe conseguiu arrancar contratos escandalosamente ruinosos para Portugal.
Foi deste modo, sem pensar nos males que poderiam surgir, sem avaliar os problemas que poderia enfrentar que Sócrates governou levianamente Portugal e o fez ficar de rastos perante os credores estrangeiros de uma dívida que o seu aventureirismo fez crescer assustadoramente!
Bem faz Passos Coelho em pensar nos males que um incumprimento de compromissos assumidos possa trazer, já que foi marca de Sócrates sucessivamente não cumprir os que assumiu!
Diz o bom senso que é pensando no pior que males maiores podem evitar-se!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

QUANDO A VERDADE “ENCRAVA” SÓCRATES, É MENTIRA!

A confusão atinge níveis inimagináveis quando, na discussão política, mal se passa do dizer e desdizer, de se chamarem mentirosos uns aos outros. É o estilo Sócrates a atingir os requintes da quase perfeição, tornando impossível, aos menos avisados, distinguirem as coisas que, afinal, nunca parecerão ser o que são!
Louça deixara Sócrates sem resposta, atrapalhado mesmo, quando, no debate em que se confrontaram, o primeiro se referiu aos compromissos assumidos, por escrito, pelo governo quanto à redução do imposto social único que o PS critica no programa eleitoral do PSD, não conseguindo o líder socialista sair limpo da questão.
Mas a bem oleada máquina socialista trabalhou o assunto e resolveu a questão de uma maneira clara, inequívoca e original: é mentira. Pronto!
E foi um dos mais fieis seguidores de Sócrates quem o afirmou: o ministro da presidência!
Poderia ter sido Santos Silva… tanto faz.
Mas não vejo como, sem que algo de muito inesperado aconteça, a campanha eleitoral possa ter outro estilo, porque nenhum outro poderá o PS aceitar já que apenas lhe restará insistir que é mentira que agravou a crise, que é falso ter lançado os portugueses na miséria, que não é verdade que exauriu os recursos financeiros do país, que não nos expôs à ganância dos mercados aos quais teremos de pagar juros fabulosos, que não nos submeteu a um ridículo internacional que não merecíamos, ao mesmo tempo que insiste no êxito que foi o seu governo.
Mas todas estas “mentiras” são, infelizmente, verdades, pelo que chamei ao “engenheiro” Sócrates o “arquitecto” do buraco em que Portugal caíu. Mas achei muito melhor a designação de “ideólogo da miséria a que o país chegou” que, hoje, Bagão Félix lhe atribui.

VERDADES, MENTIRAS, OS PRECONCEITOS PARTIDÁRIOS E OS MOLES CORAÇÕES LUSITANOS

No Finantial Times onde, há uns dias atrás, as atitudes de Sócrates foram consideradas como “terrorismo político”, um colunista critica-o agora por “ter escolhido adiar para o último minuto o pedido de ajuda financeira. O seu anúncio, na semana passada, foi um alerta trágico-cómico da crise. Com o país à beira da extinção financeira, foi à televisão nacional orgulhar-se de ter garantido um acordo melhor do que a Grécia e a Irlanda. Além disso, garantiu que o entendimento não seria muito doloroso. Quando os detalhes foram conhecidos, poucos dias depois, percebeu-se que nada disso era verdade. O pacote contém cortes de custos severos, congela os salários da função pública e as pensões, aumenta os impostos e prevê uma recessão profunda nos próximos dois anos”.
É hábito entre nós, onde nasceu o ditado “santos da casa não fazem milagres”, acreditar mais no que outros digam do que no que nós próprios vejamos. Já era evidente esta verdade de que Sócrates nos prejudicou a todos com a sua teimosia de "orgulhosamente sós", mas tem outro peso quando são outros a dizê-la.
É mais do que tempo para desmitificar Sócrates e os seus discursos mentirosos, milimetricamente estudados para caçar tolos! É mais do que tempo para nos darmos conta da "desafinação" da orquestra socialista que conta por êxitos e vitórias as torturas que nos são infligidas.
Infelizmente, somos um povo que, maioritariamente, pouca atenção dedica às coisas importantes, para o qual a “esperteza” é mais atraente do que a inteligência, que dá grande importância aos rumores e pouca às evidências, que dificilmente consegue abstrair de preconceitos partidários na hora de julgar, por mais evidentes que sejam as razões para os contrariar.
São cada vez mais numerosas as provas de que Sócrates mente, omite e engana, que Sócrates foi um mau governante e foi o grande responsável pelas medidas duras que teremos de suportar e, apesar de tudo, se vitimiza, outra atitude que cai bem nos moles corações lusitanos.
Temos de passar a ser mais objectivos, a cuidar melhor do que nos convém, a ser menos crédulos e a prevenir melhor o futuro!

terça-feira, 10 de maio de 2011

AFINAL QUEM FAZ A GUERRA?

Num programa televisivo, com um “painel” constituído por representantes do PS, do PSD e do CDS que não esconderam os ressabiamentos que os dividem nem a guerrilha em que estão envolvidos, sobretudo os dois últimos com o primeiro, alguém da assistência fez notar, e bem, a má imagem que tal passa para o exterior, culpando os políticos por ser assim.
De facto, não se antevê que cooperação poderá haver após as eleições entre estes que são os três maiores partidos para formarem um governo de maioria que possa gerir a coisa pública com a força e o rigor que as circunstâncias exigem, nem vejo quem seja capaz de “moderar” esta contenda pela qual todos os políticos foram culpados.
Mas pensei nas declarações de Sócrates a dizer que com o FMI não governaria, lembrei-me da sua teimosia em não pedir ajuda externa que na opinião dos mais conceituados economistas era mais do que necessária porque os juros estavam a níveis insuportáveis, recordei o que disse a “Troika” de negociadores quanto ao agravamentos dos problemas que o atraso no pedido de ajuda produziu, pensei que o ex-ministro socialista António Barreto afirmou que Sócrates deveria ser severamente punido nas eleições, que o socialista Carrilho afirmou ser Sócrates um mau governante mas um bom candidato, li o que alguém publicou no Financial Times acerca da actuação "terrorista" de Sócrates, relembrei o que Mário Soares, na sua tentativa de conciliação, disse de Passos Coelho, uma pessoa cheia de boas intenções e com quem se pode negociar, sem uma única referência às características do seu “correligionário” Sócrates, entre outras coisas, e ficou clara a razão de ser desta situação de conflito instalada.
Sócrates e os seus seguidores são os fautores da crise e da guerrilha que muito caro pode custar a todos nós.
Nada mais fazem do que colocar noutros as culpas que são deles apenas, nem se coíbem de mentir sobre realidades que, comprovadamente, estão à vista de todos o que, convenhamos, é muito desagradável. Insuportável até, eu diria, pela impertinência.
Daí eu concordar com Paulo Portas quando, no frente a frente a que também assisti, diz a Sócrates que o país não deve entregar uma ajuda de 78.000 milhões de euros a quem delapidou quantia idêntica, aumentando excessivamente a dívida pública e colocou o país à beira da bancarrota.”

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A MENTIRA REPETIDA NÃO SE TORNA UMA VERDADE, MAS CONVENCE MUITA GENTE!

Na falta de algo de positivo para dizer, sem um programa para recuperar o país que arruinou e incapaz de justificar os erros que cometeu e se esforça para apresentar como sucessos, o PS nada mais faz, porque nada mais lhe resta para fazer senão criticar o PSD da forma que a verdade mais condena: fazendo das propostas do seu rival a interpretação fantasiosa que mais lhe convém para continuar a dizer aos portugueses de que apenas o PS (que o aniquilou) pode garantir o Estado Social.
Porém, todos sabemos o que o PS fez aos sistemas de educação, de saúde e tudo o mais que tem a ver com a qualidade de vida dos portugueses, todos sentimos os problemas enormes que a redução dos rendimentos de trabalho que a crise com que o PS não soube lidar nos impõe, todos tememos sentir os efeitos do desemprego crescente que as milhares de falências vão gerando mês a mês e todos reconhecemos como o governo do PS se tornou no carrasco do cidadão comum e no “salvador” dos potentados que conseguiram “parcerias” e contratos vantajosos em circunstâncias que até o Tribunal de Contas denuncia.
O PS, Sócrates e os seus fieis recorrem, vezes sem conta, à mentira que convence os incautos, mas cuja insistência jamais a torna uma verdade.

VALERÁ A PENA HAVER ELEIÇÕES?

Nesses programas de rádio e de televisão de caça à chamada de valor acrescentado, ouvem-se as coisas mais estranhas e inconcebíveis mas, apesar de tudo, vale a pena, uma vez por outra, escutar para conhecermos melhor o país através do que “pensa” o povo.
Nem vinte e quatro horas depois de o PSD ter apresentado o seu “programa de governo”, com mais de 100 páginas, pede-se, num programa de “opinião pública”, que se diga o que sobre ele se pensa. Estou seguro de que a totalidade das pessoas que participaram ou nem sequer leram o programa ou se o leram em parte ou o que dele dizem os jornais, não reflectiram sobre o que ele possa conter, sobre a bondade das ideias que possa apresentar, sobre o que possa valer, nas dramáticas circunstâncias actuais, para recuperar o país! Que programa se pode analisar assim? Que opiniões válidas se podem manifestar desta maneira?
No meio de muito disparate, de muita coisa que nada tem a ver com o assunto, sempre alguém diz qualquer coisa que nos faz pensar. Por exemplo, hoje ouvi alguém dizer: “como vamos votar em alguém para Primeiro Ministro se uma senhora como a drª Ferreira Leite nem para deputado o quis!”
Não terei, com certeza, de explicar como certas coisas se passam no PSD, como este Partido se destrói a si mesmo enquanto os “barões” existirem e continuarem a ser uma referência para muitos que se dizem sociais democratas.
Este é o povo que temos, este é o tipo de juízos que faz, estas são as razões pelas quais pauta as suas escolhas.
Em meu juízo se esta for uma razão para votar ou não votar em alguém, não serão necessárias eleições porque Portugal tem o Primeiro Ministro que merece, incompetente, prepotente e enganador!

domingo, 8 de maio de 2011

PORTUGAL E A AJUDA EUROPEIA

Primeiro os finlandeses, agora os ingleses e, depois, sabe-se lá quem mais, lá vai a “Europa” pondo em causa a ajuda a Portugal e mostrando as mentiras de uma União que o não é, os egoísmos que a fizeram palco de muitas disputas e guerras ao longo da História, as fraquezas de um Continente caduco que parece não conseguir, dentro de si, a força de que necessita para enfrentar a cada vez mais feroz competição económica com as grandes potências do mundo.
Deveria a Europa reflectir sobre os erros que tem cometido ao longo dos séculos e nos que comete desde que se deu conta da necessidade de uma União que lhe permitisse readquirir o protagonismo que, aos poucos, foi perdendo.
O núcleo desta união tem dificuldade em resistir à ânsia hegemónica da Alemanha, ao isolacionismo hipócrita da Inglaterra e ao tradicional chauvinismo francês, pelo que nunca será a âncora de que uma União Europeia autêntica necessitaria para se firmar.
A União Europeia não passa, nem pressinto que alguma vez consiga passar, de um aglutinado de países que foi crescendo sem etapas nem objectivos bem definidos.
Pareceu-me evidente, desde sempre, o oportunismo dos que com a adesão esperavam ajudas e, também, o daqueles que, dando-as, apenas pensavam nas vantagens de uma massa crítica que só por si não têm.
A União Europeia sente enormes dificuldades para enfrentar a crise larvar que a vai minando e não tem entendimento bastante para compreender que não se trata de uma questão de PIGS – Portugal, Itália, Grécia e Espanha - mas de toda a Europa que poderá acabar na confusão que não souber evitar.
Mal fará, pois, Portugal se, iludido por uma Europa traiçoeira, descuidar as suas próprias raízes e as que por todo o mundo lançou, se esquecer a sua vocação histórica que, jamais, se voltou para leste!

sábado, 7 de maio de 2011

A REALIDADE OU A UTOPIA SOCRÁTICA?

Depois de afirmar que estaria disposto a entender-se com um PS sem Sócrates, Passos Coelho radicaliza a decisão e afirma que, no próximo governo, ou PS ou PSD mas nunca os dois!
Habituados que estamos aos equívocos na política nacional, uma característica que se tornou mais evidente nos governos de Sócrates, temos todas as razões para pensar que esta decisão pode não ser definitiva mas, apenas, uma estratégia de momento ou uma forma mais veemente de dizer ou Sócrates ou o PSD.
Seja como for, parece-me que, perante a insistência do líder socialista em atitudes de insolente sobranceria que tenta alijar para outras costas as culpas que só as suas devem suportar, apenas uma atitude bem definida pode alertar os eleitores e evidenciar a necessidade de uma decisão mais clara quanto ao que desejam para o futuro de Portugal, evitando um prolongamento da crise política que comprometeria a recuperação de que temos imperiosa e urgente necessidade.
Passou o tempo dos “paninhos quentes” e os portugueses terão de tomar decisões concretas. Terão de decidir-se sobre como querem ver aplicado o produto dos seus sacrifícios, se em mais auto-estradas e em TGV’s se em outras infra-estruturas que melhorem efectivamente a sua qualidade de vida, se preferem mais cortes nos seus rendimentos ou a redução drástica da despesa pública pela extinção dos “tachos” criados para as clientelas políticas em empresas públicas e municipais desnecessárias, se querem continuar a suportar escandalosos encargos com gestores públicos incapazes e subservientes ou exigem uma gestão rigorosa da coisa pública, se estão dispostos a continuar a sustentar uma classe política demasiadamente populosa ou se preferem a sua redução a números mais razoáveis, em suma, os portugueses terão de decidir se querem continuar a viver a utopia socrática de uma riqueza que não têm ou se preferem adoptar um estilo de vida mais sóbrio e mais seguro que permita voltar a construir um Portugal digno da sua História.

A IMATURIDADE POLÍTICA

Sócrates acusa o PSD de imaturidade política e desta afirmação apenas uma ilação se pode tirar, a de que é preciso ser hábil a mentir, a esconder a realidade e a enganar o país para se ter a experiência que ele afirma ter e pela qual entende que deve continuar a governar!
Sócrates quer governar apesar de ter afirmado categoricamente que não o faria com o FMI!
Ao longo de um governo maioritário Sócrates foi ele apenas; Ao longo de um governo minoritário quis ser ele apenas, também. Mas agora está disposto a governar seja com que for. Estará ele ávido de poder ou entenderá que, para além dele, ninguém neste país é competente para governar?
Sócrates tem a desfaçatez de afirmar que o acordo com a “Troika” demonstrou que o PEC4 era suficiente e evitaria esta humilhação a Portugal, quando a realidade mostra que o contrato de ajuda pouco ou nada tem a ver com a sucessão de PEC que Sócrates queria impingir.
Tudo demonstra que Sócrates errou sem nunca admitir o erro, que Sócrates é um auto-convencido incapaz que consegue convencer muita gente da capacidade que não tem.
A sua actuação como governante foi tão danosa que se pede já uma punição exemplar a quem destroçou as finanças de Portugal.
Por tudo isto, a Sócrates apenas resta um discurso possível, o de dizer mal dos outros, o de se vitimizar, porque nada mais terá para dizer, nada terá para propor, bem como não poderá explicar o que afirma ser o “sucesso” do seu governo que colocou Portugal às portas da bancarrota.
Foi um gastador inveterado e levou muita gente a gastar também demais para agora se encontrar no mesmo estado em que se encontra o país: falido!
Todo o “sucesso” de Sócrates se fundou na mentira, em jogos perigosos, em artifícios e artimanhas como, por exemplo, a que levou o Tribunal de Contas a aprovar contratos para construção de auto-estradas porque lhe foi sonegada informação importante que revelaria gastos de mais de 10.000 milhões de euros que os contratos não continham!
Foi este modo de agir que deixou o país na miséria, mas ricos muitos dos que têm no PS o seu “anjo da guarda”.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

SERÁ QUE À TERCEIRA TAMBÉM VAMOS CAIR?

Apesar da teimosia de Sócrates em manter Portugal “orgulhosamente só” como nos melhores tempos de Estado Novo e da forte censura da “Troika” ao atraso com que a ajuda foi pedida, do que resultaram medidas mais duras para a concessão do empréstimo para enfrentar a séria crise financeira que vivemos, é estranho verificar que os resultados das sondagens tanto dão a vitória a Sócrates como a Passos Coelho.
Sócrates sempre se enganou e nos enganou quer com as previsões que fazia quer com a situação que nos apresentava. Sócrates mentia ao país e continua a mentir no seu discurso de vítima da avidez de poder de quem se lhe oponha. Sócrates diz e desdiz com toda a naturalidade e levou já a campanha eleitoral para o campo da mistificação e do embuste em que é mestre como ninguém.
Tirou partido da afirmação de Passos Coelho de que o PEC4 era insuficiente e mais partido tirou, ainda, de ele não ter sido aceite pela Assembleia da República.
Sócrates culpa tudo e todos pela crise política que ele próprio causou, culpa o PSD põe ter interrompido a governação de "sucesso" que endividou o país como nenhuma outra e acusa todos de terem feito maltratado o país! Sócrates, o arquitecto deste buraco enorme em que Portugal caiu, faz-se crer a vítima dos erros que cometeu.
Mas, pelos vistos, o discurso de Sócrates cativa muita gente que prefere a esperteza saloia e o oportunismo ao bom senso, ao rigor e à legalidade.
Afinal a ajuda externa era necessária e teria sido mais frutuosa se pedida mais cedo; O PEC4 era insuficiente como dizia Passos Coelho porque tiveram de ser introduzidas reformas estruturais importantes que o novo governo terá de aprofundar nos aspectos para além dos económicos para serem eficazes; Os excessos das parcerias público-privadas, tantas vezes denunciados e criticados, são agora postos a nu pelo Tribunal de Contas que se diz enganado em mais de 10.000 milhões de euros nos processos de aprovação dos contratos de diversas auto-estradas, nos quais lhe foi sonegada informação importante. Etc, etc, etc…
Desde então o discurso de Sócrates é apenas um porque não pode ter outro: dizer que é o que todos sabem que não é, mesmo os que, seja pelo que for, o continuam a apoiar.
É um país incompreensível este!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

EM TERRA DE CEGOS…

Já todo o mundo se preocupava com uma crise que poderia não ter precedentes, ainda Sócrates nos acalmava com a afirmação de estar Portugal em condições de ser pouco ou nada afectado, em consequência da solidez das suas finanças.
Mas a crise, cuja natureza os economistas ainda não tinham percebido bem, acabou por chegar e os juros do financiamento da dívida pública que Sócrates fizera duplicar em cinco anos, cresceram e voltaram a crescer. Porém, o governo de Sócrates, através do seu ministro das finanças, fez saber que tal acréscimo apenas seria preocupante se atingisse 7%!
Que, afinal, Portugal não conseguiria resistir à crise que também batera à sua porta, depressa se tornou evidente e os “mercados” defenderam-se aumentando ainda mais os juros do dinheiro que emprestavam. E os juros não mais pararam de crescer.
Quando se tornou mais do que evidente que uma ajuda externa era inevitável perante os compromissos excessivos que o governo havia assumido, Sócrates afirmava, ainda, a capacidade do país para resolver os seus problemas de forma autónoma, poupando os portugueses aos sacrifícios insuportáveis da intervenção do FMI.
Mais disse o “iluminado” Sócrates que jamais governaria com o FMI, pois não haveria condições para continuar a governação de sucesso deste governo do Partido Socialista. Já, então, os juros da dívida haviam ultrapassado os 10%.
De discurso em discurso a meter medo do papão ia Sócrates acalmando o pessoal, enquanto de PEC em PEC ia o governo “encanando a perna à crise” que se tornava cada vez maior.
E aconteceu o inevitável neste perigoso caminho de despudorados enganos quando, ao quarto PEC, a Assembleia da República disse BASTA!
Era a crise que Sócrates e o Presidente da República tanto tentaram evitar! E surgiu aquela patética pergunta: “como puderam fazer isto ao país?”. Foi Sócrates, o grande arquitecto do buraco em que Portugal caiu, quem a fez!
Apresentou a demissão, culpou toda a gente do sucedido e parecia ter reconhecido a sua incapacidade quando, num daqueles golpes de rins em que é perito, se dispõe a negociar a ajuda, a negoceia, se insurge contra os que julgam ter, também, algo para dizer nestas circunstâncias tão difíceis para o país e acaba a dizer que apenas ele tem condições para governar neste “pais de cegos” em que só ele tem olho!
Findas as negociações, a “Troika” que negociou a ajuda mostrou-se confiante no sucesso do acordo conseguido que considera justo quanto às condições estabelecidas. Mais ainda, os negociadores da “Troika” afirmaram que as condições poderiam ser menos severas se a ajuda tivesse sido pedida mais cedo.
Tal como havia sido já reconhecido ser necessário, este acordo vai além do nado-morto PEC4, impondo reformas que, há muito, a economia portuguesa reclamava. Mas para Sócrates foi a vitória do PEC4!!!
Esta sucessão inacreditável de factos leva-me a perguntar: quem está louco?
Eu, baralhado estou com certeza, mas não tenho dúvidas de que sofrerei muito mais do que já sofro se for Sócrates quem conduzirá o país após as próximas eleições. Mas há quem julgue que não…
Com ele, quem apostará nesta terra sem futuro?

terça-feira, 3 de maio de 2011

SÓCRATES, O ALQUIMISTA

Lembro-me de, numa das primeiras telenovelas brasileiras chamada Casarão, um ancião de nome Atílio passar dias e dias remexendo a trampa que enchia uma velha banheira na esperança de a transformar em ouro! Acabou o homem por morrer sem alcançar tal sucesso, assim como aconteceu com milhares, com todos os alquimistas.
É o que me parece Sócrates quando consegue ver felicidade na infelicidade a que a sua incompetência nos condenou.
Também me lembro de como, naqueles tempos de um jogo de futebol internacional por época, o ansiosamente esperado Portugal-Espanha, sempre conseguíamos “vitórias” mesmo quando o resultado nos era desfavorável, como era habitual! Eram “vitórias morais” que nos permitiam manter erguida a cabeça e quase dizer que éramos os melhores do mundo!
É o que me parece acontecer quando Sócrates proclama sucesso onde, claramente, o não há.
Estas trapaças frequentes e nas quais Sócrates é mestre, ou mesmo doutorado, voltaram a estar em evidência nas suas declarações para informar o país de que as negociações com a Troica haviam terminado, tendo o seu governo conseguido um excelente acordo.
Os 13º e 14º meses não serão retirados, como alguns jornais anunciaram e os compromissos relativos ao défice orçamental eram mais favoráveis do que os assumidos pelo seu governo perante a União Europeia...
Não disse onde a Troica irá garantir as poupanças com que pagaremos o empréstimo que nos vai fazer, mas é já bom saber que não haverá mais cortes de salários, despedimentos na função pública, blá blá blá…
Se nos lembrarmos do seu prognóstico terrífico quando não foi aceite o “seu” salvífico PEC4, de como iríamos sofrer na pele a bestial dureza do FMI, suspiramos de alívio e quase nos apetece dançar de alegria perante tão “boas notícias” que nos trouxe ou, mesmo até, aclamá-lo como herói! Mas os "aprofundamentos" de algumas medidas do PEC4 que Sócrates não detalhou...
É grande a lata de quem nunca estaria disposto a governar com o FMI e agora se sente tão feliz pelo excelente acordo que fez com ele e com ele deseja governar!

E QUEM VAI PAGAR, QUEM É?

Não têm qualquer organização que os defenda, pois não sei de nenhum Sindicato dos Reformados, não terão, pela sua idade, grande disponibilidade para manifestações ruidosas e, nem sequer, têm como fazer uma greve daquelas cujas consequências o Estado, a quem ao longo da vida de trabalho entregaram o seu dinheiro, pudesse sentir na pele!
São os cordeiros prontinhos a tosquiar para deixarem, nos cofres do Estado que os explorou, mais de mil e quinhentos milhões de euros por ano, sabe-se lá durante quantos anos!
Este será um dos aspectos que o governo socialista – que parece não gostar de jogar às cartas, mas adora brincar aos “engenheiros” – está a negociar com a Troica como uma das condições para receber o dinheiro de que necessita para pagar os compromissos que assumiu em consequência das suas loucuras de grandeza a que gosta de chamar “progresso”!
Todo o “regime forte” tem a sua arquitectura própria, as suas obras grandiosas com que deixa as suas marcas na História! É a arquitectura de regime que, no regime socrático tem como expoente máximo uma invejável rede de auto-estradas. Estas vão sair-nos muito caras.
E já agora, apetece-me perguntar por qual razão se foi buscar o termo TROICA (ou será troyka), tão conotado com o regime ditatorial soviético, para designar os que aqui estão para nos escanhoar?
Espero que estejam, já a esculpir a medalha que o país dará ao Sócrates.