Nesses programas de rádio e de televisão de caça à chamada de valor acrescentado, ouvem-se as coisas mais estranhas e inconcebíveis mas, apesar de tudo, vale a pena, uma vez por outra, escutar para conhecermos melhor o país através do que “pensa” o povo.
Nem vinte e quatro horas depois de o PSD ter apresentado o seu “programa de governo”, com mais de 100 páginas, pede-se, num programa de “opinião pública”, que se diga o que sobre ele se pensa. Estou seguro de que a totalidade das pessoas que participaram ou nem sequer leram o programa ou se o leram em parte ou o que dele dizem os jornais, não reflectiram sobre o que ele possa conter, sobre a bondade das ideias que possa apresentar, sobre o que possa valer, nas dramáticas circunstâncias actuais, para recuperar o país! Que programa se pode analisar assim? Que opiniões válidas se podem manifestar desta maneira?
No meio de muito disparate, de muita coisa que nada tem a ver com o assunto, sempre alguém diz qualquer coisa que nos faz pensar. Por exemplo, hoje ouvi alguém dizer: “como vamos votar em alguém para Primeiro Ministro se uma senhora como a drª Ferreira Leite nem para deputado o quis!”
Não terei, com certeza, de explicar como certas coisas se passam no PSD, como este Partido se destrói a si mesmo enquanto os “barões” existirem e continuarem a ser uma referência para muitos que se dizem sociais democratas.
Este é o povo que temos, este é o tipo de juízos que faz, estas são as razões pelas quais pauta as suas escolhas.
Em meu juízo se esta for uma razão para votar ou não votar em alguém, não serão necessárias eleições porque Portugal tem o Primeiro Ministro que merece, incompetente, prepotente e enganador!
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