Vendo Sócrates ufanar-se pela redução do défice em 75%, sem dizer que foi conseguida, sobretudo, pelo aumento de impostos porque apenas em 11% se deve à redução da despesa e que esta foi, na sua grande maioria, resultante dos cortes em salários de funcionários públicos, fico preocupado com a desfaçatez com que se apresentam factos que prejudicam a enorme maioria dos portugueses como um êxito da governação.
Mais me preocupa que a lábia do ainda Primeiro-Ministro possa convencer gente demais que confunde o seu “carrasco” com o seu “salvador”!
Nunca antes vira uma situação como esta que um singular conjunto de hábeis mistificadores conseguiu criar!
Parece-me, contudo, que o frente-a-frente de hoje, entre Passos Coelho e Sócrates, começou a deixar claro como são conseguidos os êxitos do líder socialista. Ataca com muita "imaginação" para não ter de se explicar. Como habitualmente consegue alcançar este intento, há quem fique enredado num palavreado reguila tão do agrado de muita gente. Infelizmente!
O debate mostrou um Sócrates sem novidades, repetitivo nos argumentos e nas técnicas para confundir e enredar o adversário, o que hoje não lhe correu muito bem.
Porém, um país não se governa com palavras e, muito menos, com resultados e estatísticas que escamoteiam a realidade e apenas têm como objectivo convencer os que têm preguiça de pensar.
A campanha eleitoral vai começar. Depois de uma pré-campanha em que a estratégia manhosa e de curto prazo de Sócrates parecia, até hoje, levar a melhor mas se esgotou, é justo que a sobriedade, a verdade e as ideias tomem o seu lugar numa batalha de vida ou de morte que, todos, teremos de travar!
Esperemos que a campanha seja esclarecedora e que, como o bom senso recomenda, o país se decida a acabar com um estilo de governação que, por mais espectáculo que lhe proporcione, o levou a uma situação degradante e insustentável da qual não sairá facilmente.
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