Primeiro os finlandeses, agora os ingleses e, depois, sabe-se lá quem mais, lá vai a “Europa” pondo em causa a ajuda a Portugal e mostrando as mentiras de uma União que o não é, os egoísmos que a fizeram palco de muitas disputas e guerras ao longo da História, as fraquezas de um Continente caduco que parece não conseguir, dentro de si, a força de que necessita para enfrentar a cada vez mais feroz competição económica com as grandes potências do mundo.
Deveria a Europa reflectir sobre os erros que tem cometido ao longo dos séculos e nos que comete desde que se deu conta da necessidade de uma União que lhe permitisse readquirir o protagonismo que, aos poucos, foi perdendo.
O núcleo desta união tem dificuldade em resistir à ânsia hegemónica da Alemanha, ao isolacionismo hipócrita da Inglaterra e ao tradicional chauvinismo francês, pelo que nunca será a âncora de que uma União Europeia autêntica necessitaria para se firmar.
A União Europeia não passa, nem pressinto que alguma vez consiga passar, de um aglutinado de países que foi crescendo sem etapas nem objectivos bem definidos.
Pareceu-me evidente, desde sempre, o oportunismo dos que com a adesão esperavam ajudas e, também, o daqueles que, dando-as, apenas pensavam nas vantagens de uma massa crítica que só por si não têm.
A União Europeia sente enormes dificuldades para enfrentar a crise larvar que a vai minando e não tem entendimento bastante para compreender que não se trata de uma questão de PIGS – Portugal, Itália, Grécia e Espanha - mas de toda a Europa que poderá acabar na confusão que não souber evitar.
Mal fará, pois, Portugal se, iludido por uma Europa traiçoeira, descuidar as suas próprias raízes e as que por todo o mundo lançou, se esquecer a sua vocação histórica que, jamais, se voltou para leste!
Sem comentários:
Enviar um comentário