A confusão atinge níveis inimagináveis quando, na discussão política, mal se passa do dizer e desdizer, de se chamarem mentirosos uns aos outros. É o estilo Sócrates a atingir os requintes da quase perfeição, tornando impossível, aos menos avisados, distinguirem as coisas que, afinal, nunca parecerão ser o que são!
Louça deixara Sócrates sem resposta, atrapalhado mesmo, quando, no debate em que se confrontaram, o primeiro se referiu aos compromissos assumidos, por escrito, pelo governo quanto à redução do imposto social único que o PS critica no programa eleitoral do PSD, não conseguindo o líder socialista sair limpo da questão.
Mas a bem oleada máquina socialista trabalhou o assunto e resolveu a questão de uma maneira clara, inequívoca e original: é mentira. Pronto!
E foi um dos mais fieis seguidores de Sócrates quem o afirmou: o ministro da presidência!
Poderia ter sido Santos Silva… tanto faz.
Mas não vejo como, sem que algo de muito inesperado aconteça, a campanha eleitoral possa ter outro estilo, porque nenhum outro poderá o PS aceitar já que apenas lhe restará insistir que é mentira que agravou a crise, que é falso ter lançado os portugueses na miséria, que não é verdade que exauriu os recursos financeiros do país, que não nos expôs à ganância dos mercados aos quais teremos de pagar juros fabulosos, que não nos submeteu a um ridículo internacional que não merecíamos, ao mesmo tempo que insiste no êxito que foi o seu governo.
Mas todas estas “mentiras” são, infelizmente, verdades, pelo que chamei ao “engenheiro” Sócrates o “arquitecto” do buraco em que Portugal caíu. Mas achei muito melhor a designação de “ideólogo da miséria a que o país chegou” que, hoje, Bagão Félix lhe atribui.
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