Há ainda gente indecisa, gente que não sabe em quem votar.
É natural porque sempre haverá indecisos até à última hora. Mas haver quem pergunte em quem votará se não votar em Sócrates, é pergunta estranha de se ouvir.
Faz-me lembrar os macaquinhos que tapam os olhos para não ver, os ouvidos para não ouvir e a boca para não falar, a avestruz que tenta ignorar o perigo enterrando a cabeça na areia ou, melhor talvez, alguém para quem a sorte não foi benevolente na hora de escolher alguns predicados.
Depois de tudo o que já se passou neste país, das tropelias em que a imaginação de Sócrates é fértil, do seu diz e desdiz constante com que consegue desnortear os menos avisados, a questão deveria ser outra: ainda não sei em quem votar, mas sei que em Sócrates é que não votarei.
De facto, perante a situação de catástrofe a que o nosso país foi levado, só me vem à cabeça o apelo do Tiririca, o palhaço brasileiro que foi eleito senador: “se está mal, pior não fica”!
Mas melhor será ter esperança e votar depois de uma reflexão sobre as alternativas que temos.
Sem comentários:
Enviar um comentário