Depois de afirmar que estaria disposto a entender-se com um PS sem Sócrates, Passos Coelho radicaliza a decisão e afirma que, no próximo governo, ou PS ou PSD mas nunca os dois!
Habituados que estamos aos equívocos na política nacional, uma característica que se tornou mais evidente nos governos de Sócrates, temos todas as razões para pensar que esta decisão pode não ser definitiva mas, apenas, uma estratégia de momento ou uma forma mais veemente de dizer ou Sócrates ou o PSD.
Seja como for, parece-me que, perante a insistência do líder socialista em atitudes de insolente sobranceria que tenta alijar para outras costas as culpas que só as suas devem suportar, apenas uma atitude bem definida pode alertar os eleitores e evidenciar a necessidade de uma decisão mais clara quanto ao que desejam para o futuro de Portugal, evitando um prolongamento da crise política que comprometeria a recuperação de que temos imperiosa e urgente necessidade.
Passou o tempo dos “paninhos quentes” e os portugueses terão de tomar decisões concretas. Terão de decidir-se sobre como querem ver aplicado o produto dos seus sacrifícios, se em mais auto-estradas e em TGV’s se em outras infra-estruturas que melhorem efectivamente a sua qualidade de vida, se preferem mais cortes nos seus rendimentos ou a redução drástica da despesa pública pela extinção dos “tachos” criados para as clientelas políticas em empresas públicas e municipais desnecessárias, se querem continuar a suportar escandalosos encargos com gestores públicos incapazes e subservientes ou exigem uma gestão rigorosa da coisa pública, se estão dispostos a continuar a sustentar uma classe política demasiadamente populosa ou se preferem a sua redução a números mais razoáveis, em suma, os portugueses terão de decidir se querem continuar a viver a utopia socrática de uma riqueza que não têm ou se preferem adoptar um estilo de vida mais sóbrio e mais seguro que permita voltar a construir um Portugal digno da sua História.
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