ACORDO ORTOGRÁFICO

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segunda-feira, 23 de maio de 2011

UM PS “UNIVERSAL” QUE FALA MAL PORTUGUÊS E NÃO VOTA, MAS SE DEIXA TRANSPORTAR ATÉ À FESTA E COME DE BORLA!

Num daqueles programas de “opinião pública” em que cada um diz o que quer, seja um lugar comum, a repetição da “voz do dono”, qualquer coisa que inventa ou convém à causa que defende, mas raramente algo que valha a pena escutar, ouvi uma participante criticar Passos Coelho pelos jantares que as Juntas de Freguesia pagam aos convidados que o apoiam, acabando a dizer que, no dia 5 de Junho, não vai votar.
Fiquei surpreso por não ver os responsáveis pelo programa corrigir o erro porque uma reportagem da mesma estação mostrou ser o PS o partido que recorre a esses expedientes de transportar e alimentar “apoiantes” que mal falam português e não podem votar, bem como porque a “convidada” se esforçou por justificar e, até, generalizar a atitude absentista pela falta de confiança nos políticos que, alguém que revelou não ter conhecimento de causa nem cultura política, ali apresentou como razão para não votar!
Pobre país onde tão facilmente se dá voz ao disparate, onde quase se cultiva o ódio aos políticos e nada se faz para esclarecer as atitudes que são próprias da democracia e a podem justificar ou desqualificar. Estas, desqualificam-na, certamente.
Neste país que se está a revelar estranhamente permeável à ignorância, ao obscurantismo e ao oportunismo político, sobejam estes programas de má qualidade que nada mais fazem do que baralhar os que já tenham poucas ideias, com “convidados especialistas” que, não raro, são bem piores do que os políticos que criticam.
A “classe política” é uma emergência da “classe intelectual” que por aí pulula e age como se tudo soubesse, até mesmo o que se deveria fazer para tornar o país melhor. Porém, nada faz nem se arrisca a fazer porque maldizer é bem mais fácil.
Como poderão, lá por fora, pensar bem de nós os que não conseguem entender estas atitudes, os que estranham a interpretação que gente demais ainda faz da situação grave que enfrentamos e as suas propostas para a resolver, os que não compreendem o modo como tantos enjeitam as suas responsabilidades de escolha e, sobretudo, o mundo que não entende como não somos capazes de responsabilizar os incapazes que conduziram o nosso país à situação humilhante em que se encontra.
Talvez seja este contra-ciclo com o que noutras paragens se passa que nos faz andar para trás enquanto outros avançam!

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