A situação de Sócrates era desesperada e não teria saída senão através de uma crise que lhe permitisse passar de vilão a herói!
Portugal estava já às portas da bancarrota quando Sócrates dizia que podia vencer sozinho a crise. Portugal já tinha de contrair empréstimos de curto prazo, junto da banca nacional, para fazer face a compromissos inadiáveis, a pagamento de salários e outras coisas do dia a dia de uma governação. Já não havia saída que não fosse recorrer à humilhação de um pedido de ajuda quando, reprovado mais um PEC, o líder do PS faz a pergunta lapidar “como puderam fazer isto ao país?”.
Por isso, a crise de que tanto Sócrates quer culpar outros foi uma obra prima de encenação e de teatro daquele que, por certo, ficará na história como o mais trambiqueiro político português.
Não foi o Presidente da República capaz de proteger o país das tropelias deste “vendedor da banha da cobra”, tal como não tiveram outros arte de o desmascarar nos seus intentos de confusão e, por isso, pode agora dizer, com todo o despudor de que só ele é capaz, que está nesta campanha para enfrentar a crise!
Melhor seria dizer as crises, por serem a financeira que a sua má governação gerou e a política a que as suas manigâncias levaram.
Pergunto-me se, perante as evidências que, de um modo já muito claro, nos revelam o oportunismo de Sócrates, o país não deveria mostrar-lhe decidida e claramente o seu descontentamento e, até mesmo, dizer-lhe que o acusa dos dramas que vive! Mas terei de concluir que o povo, de quem Sócrates se diz camarada para o qual trabalha, gosta desta forma de fazer política, deste “viver de expediente” tão próprio do lusitano desenrascanço. Por isso ao povo cai bem este estilo de rufião desenrascado que, fazendo tábua rasa do seu passado se mostra como o homem do futuro, por isso o povo se sente seguro com quem lhe mete medo com o que outros possam fazer para prejudicar o país, como se ele não o tivesse já feito!
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