Num programa televisivo, com um “painel” constituído por representantes do PS, do PSD e do CDS que não esconderam os ressabiamentos que os dividem nem a guerrilha em que estão envolvidos, sobretudo os dois últimos com o primeiro, alguém da assistência fez notar, e bem, a má imagem que tal passa para o exterior, culpando os políticos por ser assim.
De facto, não se antevê que cooperação poderá haver após as eleições entre estes que são os três maiores partidos para formarem um governo de maioria que possa gerir a coisa pública com a força e o rigor que as circunstâncias exigem, nem vejo quem seja capaz de “moderar” esta contenda pela qual todos os políticos foram culpados.
Mas pensei nas declarações de Sócrates a dizer que com o FMI não governaria, lembrei-me da sua teimosia em não pedir ajuda externa que na opinião dos mais conceituados economistas era mais do que necessária porque os juros estavam a níveis insuportáveis, recordei o que disse a “Troika” de negociadores quanto ao agravamentos dos problemas que o atraso no pedido de ajuda produziu, pensei que o ex-ministro socialista António Barreto afirmou que Sócrates deveria ser severamente punido nas eleições, que o socialista Carrilho afirmou ser Sócrates um mau governante mas um bom candidato, li o que alguém publicou no Financial Times acerca da actuação "terrorista" de Sócrates, relembrei o que Mário Soares, na sua tentativa de conciliação, disse de Passos Coelho, uma pessoa cheia de boas intenções e com quem se pode negociar, sem uma única referência às características do seu “correligionário” Sócrates, entre outras coisas, e ficou clara a razão de ser desta situação de conflito instalada.
Sócrates e os seus seguidores são os fautores da crise e da guerrilha que muito caro pode custar a todos nós.
Nada mais fazem do que colocar noutros as culpas que são deles apenas, nem se coíbem de mentir sobre realidades que, comprovadamente, estão à vista de todos o que, convenhamos, é muito desagradável. Insuportável até, eu diria, pela impertinência.
Daí eu concordar com Paulo Portas quando, no frente a frente a que também assisti, diz a Sócrates que o país não deve entregar uma ajuda de 78.000 milhões de euros a quem delapidou quantia idêntica, aumentando excessivamente a dívida pública e colocou o país à beira da bancarrota.”
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