Tornou-se vulgar os
advogados dos casos mais mediáticos fazerem veementes declarações à imprensa
sobre os julgamentos próximo do seu final, ao jeito de quem faz alegações para
o grande público que, fora do contexto do julgamento, poderá formar um juízo
deformado por informação parcial.
Não sigo regularmente
estes casos mas vejo o bastante para me dar conta de um modo ardiloso para
adulterar um juízo que apenas em tribunal, perante todas as provas, pode ser
feito. O que, verdade seja dita, também nem sempre acontece…
No tão badalado e célebre
caso “face oculta”, em que nunca seria um sucateiro figura de proa sem os “notáveis”
que o possam ter ajudado, depois de parecer que havia corruptor sem
corrompidos, parece nem haver sequer, agora, quem tenha corrompido alguém. Foi
o que depreendi do discurso do advogado de Manuel Godinho que considera o seu
cliente vítima de perseguição e classificou as prendas de Natal que enviava aos
seus “amigos” como “pinderiquice corruptiva”!
Mas poucas dúvidas parecem
restar sobre favores trocados em negócios vultuosos e privilegiados, pelo que, a
absolvição de todos os acusados neste “julgamento” público que as declarações
dos vários advogados alimentam, apenas deixará para descobrir um mistério de
corrupção sem quem corrompa ou seja corrompido.
Parece-me um caso muito complicado que nem os "super-inteligentes" dos CSI que já estou cansado de ver, conseguirão desvendar.
Sem comentários:
Enviar um comentário