Marques Mendes tornou-se
um verdadeiro oráculo, daqueles que sabem coisas que mais ninguém sabe, anuncia
o que ainda está no segredo dos deuses e classifica tudo o que acontece como
mais ninguém o faz.
Passou pela presidência do
PSD e pelo Governo um diamante de cujo brilho ninguém se apercebeu. Agora, quando
tanto Portugal necessitava de uma coisa assim, de quem, sem quaisquer dúvidas,
soubesse o que esteja certo ou errado, juntou-se ao grupo dos comentadores,
essa autêntica praga dos que, nada fazendo, criticam quem faça ou tente fazer,
a troco de uns milhares de euros que, por mais que sejam, tornam baratos os
programas que outros temas fariam mais caros.
Por isso pululam e são às
dezenas os que peroram a horas e a desoras, sempre que há quem os possa ouvir,
ou nem por isso, ou seja necessário preencher um tempo qualquer.
Devem ser, daquela geração
“altamente qualificada” de que tanto se fala e nos deixam sem o seu talento imenso
na hora de emigrar, os que por cá ficaram para que nos não esqueçamos de que,
mesmo assim, temos génios bastantes que sabem de política, de futebol e sei lá
mais do que, do que falam com um pleno conhecimento que lhes permite prever o
que nunca acontece mas, sobretudo, mostram ser capazes de governar o país ou qualquer
coisa que seja sem necessitarem de gabinete, de secretárias, de motoristas,
porque apenas um microfone lhes basta! Em tempo de encolher despesas, seriam um autêntico achado...
Passos Coelho quis fazer
um Governo mínimo com super-ministérios, a fim de reduzir as despesas. Mas,
pelos vistos, não se lembrou destes génios, os únicos capazes mas que deixou de
fora e que as televisões pagam!
Em hora de aperto, cada um
aproveita o que tem. Nós temos por cá estes “fala-barato” que se “fazem ao piso”
mas que só as televisões aproveitam para as horas de encher com lixo. Mas têm o
mérito de serem os inspiradores de muita gente que, nas redes sociais, se
enfeitam com as ideias que deles ouviram. E que ideias, por vezes, eles
inspiram.
De tal modo que nasceram
canais novos dedicados a este tipo de humor. Mas nem me atrevo a pensar na
sorte que vão ter quando passarem de moda.
Sempre passam porque o que
é demais enjoa!
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