Já pouco ou nada me
surpreende neste país de loucura que, em vez de se entregar de alma e coração à
dura tarefa honrada de corrigir as consequências dos erros que cometeu, toma
atitudes contrárias aos seus próprios interesses, assim a modos como quem corta
a cabeça porque lhe dói!
É mais do que óbvia a
falta de noção que muita gente tem da situação financeira de Portugal e das
muito sérias consequências de ela se não conseguir recuperar.
A continuada ideia do “roubo”
que os ditos partidos de esquerda propalam há tanto tempo, como se a
austeridade fosse um propósito do Governo em vez de uma inevitabilidade ditada
por circunstâncias resultantes de más decisões governativas tonadas ao longo de
décadas, faz a sua escola nas cabecinhas ocas que não sabem ou não querem
pensar. E são de temer os efeitos nefastos que possam resultar deste
entendimento errado do que, na realidade, se passa.
Fiquei mudo de espanto ao
ler a notícia de que “Os turistas
estrangeiros que escolhem Portugal como destino vão ser surpreendidos por
agentes da PSP numa iniciativa informativa invulgar. À sua chegada, os polícias
farão questão de os avisarem de que a segurança interna poderá estar em causa
com as medidas do Governo com que estão a ser afectados. A informação será dada
em panfletos já a partir do próximo mês”.
O turismo é uma das mais
importantes fontes de receita do país, cujo crescimento nos últimos tempos tem
sido uma preciosa ajuda para o crescimento da nossa ainda muito fraca economia.
Obviamente que até os
polícias entendem isto, pelo que sou eu quem não entende a leviandade de um
sindicato que decide tomar uma atitude que, prejudicando todos, também
prejudica os seus membros. Naturalmente.
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