Retardam-se e reduzem-se os
nascimentos, assim como se transfere para outros, para infantários, para colégios,
os cuidados de educação, o que origina uma nova população padronizada e cada
vez menos portadora dos princípios sociais que caracterizam uma sociedade
saudável.
Em Portugal, uma população
em declínio porque já se não repõe e em processo acelerado de envelhecimento
porque o número de idosos é já superior ao de jovens, numa diferença que se
acentuará com o passar do tempo e à medida que decrescem os nascimentos que já
não atingem os 100.000 por ano, tem como consequência imediata o decréscimo da população
produtiva, aquela de que depende a estabilidade do reclamado Estado Social cuja
estabilidade está cada vez mais em causa.
O ponto de ruptura parece
atingido em várias frentes das preocupações dos que, desde há muito, chamam a
atenção para o que poderia acontecer se continuássemos na azáfama desenfreada
de fazer crescer a economia a qualquer custo, social ou ambiental.
Se, por um lado, o futuro
da sociedade está comprometido na sua estrutura em que uma “árvore etária”
parece querer tomar a vez da tradicional “pirâmide etária”, as agressões
ambientais colocam-nos, por outro lado, problemas já difíceis de controlar e
que, segundo os autores do alarmante relatório ontem divulgado afectarão a
segurança alimentar, os problemas de saúde, farão aumentar a fome no mundo, o
número de pobres e de desalojados pela submersão de enormes áreas de
território, além de outras que incluem a possibilidade da ocorrência de
conflitos violentos.
Se tudo isto são
consequências, excessivamente preocupantes, do estilo de vida que a Humanidade
adoptou, nas quais e a não muito longo prazo poderemos começar a pensar incluir
a sobrevivência da própria Humanidade, a única solução só poderá ser mudar o
rumo neste caminho para o futuro, procurando vias por onde se possa fazer fluir
a vida de um modo mais compatível com as leis naturais que, agora, não
respeitamos.
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