Taxar os alimentos que
fazem mal à saúde parece ser uma aposta que o Governo quer fazer. É uma
proposta que, para além de render mais uns “patacos” às suas ainda débeis
finanças, parece ter tudo para merecer o nosso apoio porque tanto os alimentos
demasiado salgados como os muito doces são causadores de problemas de saúde que,
depois, sobrecarregam o já tão debilitado Serviço Nacional de Saúde.
Seria uma medida no
sentido do conhecimento geral que diz “prevenir é bem melhor do que remediar”
e, por isso, uma atitude louvável para evitar o que faz mal à saúde e cria
problemas num serviço que, assim, perde qualidade.
Mas se é assim, porque nos
ficaremos por aqui se tanta coisa mais podemos contar no número dos erros
privados evitáveis pelos quais a sociedade, já tão sobrecarregada, tem de pagar?
Por exemplo, o Código da
estrada pune as manobras perigosas que, apesar disso e porque o “braço da Lei”
não consegue chegar a toda a parte, continuam a acontecer vezes demais. Delas
resultam consequências, por vezes gravíssimas que, depois, todos teremos de
pagar! Por que deverá a sociedade pagar algumas das consequências do
desrespeito da lei?
Poderia, ainda, falar de
muito mais coisas com especial destaque para as questões de droga que me parecem
tratadas com excessiva permissividade e sem responsabilização bastante por tantos
aspectos anti-sociais que a elas se associam.
Tudo isto para dizer que
me não parecem certas nem adequadas aos objectivos prosseguidos, estas
iniciativas avulsas, não integradas num programa que contemple todos
os aspectos preventivos de qualquer mal social e, em função deles, defina uma política.
Não me parece, de todo,
que a proposta de taxar alimentos salgados e doces seja uma medida a considerar
deste modo súbito que apanha desprevenidos os que os produzem, criando desajustamentos
que não beneficiam a economia.
Não é com sobressaltos que
se regulam as coisas… Seria uma medida pateta!
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