"Em poucas décadas estaremos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade
de outras nações, pelo que é ridículo continuar a falar de independência
nacional. … Resta o Sol, o Turismo e o servilismo de bandeja, a pobreza crónica
e a emigração em massa." (Marcelo Caetano sobre o 25 de Abril)
E se recordarmos que, com
um soberbo desdém, ouvimos esta “profecia” a que não prestámos atenção porque a
julgámos apenas a “maldição” inútil de quem a “revolução” exilou, entenderemos
que há pouco para festejar e nos espera uma penosa luta que teremos de lutar para
remendar os buracos que abrimos, pagar as dívidas que fizemos e arejar as
ideias que não deixámos evoluir para lá do oportunismo saloio, se quisermos conservar
a liberdade que, felizmente, conseguimos e da qual uma tenebrosa PIDE
sadicamente nos afastava.
É uma luta que apenas
juntos seremos capazes de vencer, mas jamais ganharemos com o divisionismo e os
partidarismos sectários que desmedidas ambições e iniludíveis incompetências fizeram
nascer.
É este o caminho e não o
da luta contra os fantasmas que jamais derrotaremos, porque os fantasmas somos
nós que quisemos usufruir do que não construímos, em festas e cantigas apenas “conquistámos”
ilusões e em protestos e manifestações constantes reclamamos aquilo a que, sem esforço, não
podemos ter direito.
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