ACORDO ORTOGRÁFICO

O autor dos textos deste jornal declara que NÃO aderiu ao Acordo Ortográfico e, por isso, continua a adoptar o anterior modo de escrever.

sábado, 18 de novembro de 2017

O JORNALISMO DE AGORA



O Presidente da República manifestou-se preocupado com o futuro dos media que, aos poucos vêem as suas dificuldades acrescidas, com as suas tiragens diminuídas, o número de jornalistas reduzido.
E tem razão para estar porque, pelo que observo, cada vez se compram menos jornais, cada vez são mais chatos os noticiários porque, sobretudo, cada vez há menos jornalistas a sério mesmo havendo mais, desempregados.
Pelo conhecimento das coisas a que obriga, pela investigação que envolve, ser jornalista chegou a ser uma das minhas opções que, afinal, fiz bem não seguir porque jamais me adaptaria a este jornalismo sem maneiras, sem ética, coscuvilheiro e insultuoso que, maioritariamente, é o de agora.
Que jornalistas sério faz fretes seja a quem for, deixa os seus preconceitos sobreporem-se à sua independência, ao dever de informar correctamente?
E que temas escolhem para desenvolver, como escolhem as fontes para se informar, como confirmam as verdades que creem saber?
Raramente haverá tempo para fazer as coisas bem feitas e muito menos para confirmar o que agrada que seja verdade, seja por “ideologia” seja por conveniência.
O jornalismo independente quase desapareceu.
Aliás, fui professor numa universidade onde o curso de jornalismo era, de longe o mais frequentado. Um curso de desempregados, pensava eu, ou de jornalistas que não iriam crescer porque não teriam tempo. Porque hoje não há tempo para nada.
Preciso é escandalizar, furar para ganhar qualquer coisa… seja o que for!
Não me enganei no que pensava.
Preocupou-se já tarde o Presidente.

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