(can stock photo)
É natural que, tão cedo, não deixemos de
ouvir falar sobre uma das maiores calamidades que, alguma vez, se abateram sobre
Portugal.
É natural que seja assim, porque não se
esquece facilmente tanta gente que morreu, tanto território que ardeu, tantos terrores vividos nem as muitas
vidas que continuam sem os entes queridos que a morte levou e sem todos os bens que perderam.
É natural que queiramos entender porque
aconteceu, o que foi e não foi feito que fez com que tanta tragédia acontecesse
e, porque não, quem é responsável por atitudes que tantos danos causaram.
Naturalmente, incluo-me no número daqueles
que querem saber e, por isso, oiço o que se diz e acompanho, o melhor que
posso, as investigações que são feitas e parecem por a nu, erros crassos,
incompetências grosseiras, indiferenças criminosas e oportunismos de que só
pacóvios se não dão conta.
E de tudo o que oiço e vejo, não me parecem
serem de somenos importância as culpas do Primeiro Ministro pelo que fez integrado
no governo dirigido por um outro sobre quem recaem, também, suspeitas de fortes
comprometimentos em crimes e em atitudes impróprias de um governante.
Será de deixar passar em claro o
esclarecimento pormenorizado de tudo quanto se passou e o que para ele concorreu, a
troco de uma estabilidade política que não existe realmente porque disfarçam
a instabilidade interesses cujas intenções ainda não descortinamos na sua totalidade?
Será uma geringonça capaz de atravessar o
deserto em que as nossas vidas parecem querer se tornar?
Sou apenas um entre dez milhões de
portugueses para quem deveria ser prioritário esclarecer, julgar e condenar os
que geriram mal o nosso património e destruíram muitas vidas e vastas áreas do país e,
por que não, colocam em risco, também, as nossas vidas e os nossos haveres pelo que possa ainda
acontecer.
Por isso a minha voz não terá eco nas
intenções de cada um, no julgamente que, maioritariamente, farão, num país onde o oportunismo acampou, a vontade
enfraqueceu e a vergonha se esfumou no faz-de-conta em que a vida pública se
tornou.
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