Jamais me havia passado pela cabeça a hipótese de poder, alguma vez, estar de acordo com Louçã, o ex líder do Bloco de Esquerda!
Bem nos ensinou Cristo que
nunca disséssemos “desta água não beberei”, mas esta parece ser uma lição nunca
aprendida.
Mas como poderia eu não concordar com Francisco Louçã quando diz que a “esquerda” precisa de “propostas concretas” para resolver a actual crise? E concordo porque não vejo como poderia um político, economista e professor universitário não saber o que diz a tal respeito.
Mas como poderia eu não concordar com Francisco Louçã quando diz que a “esquerda” precisa de “propostas concretas” para resolver a actual crise? E concordo porque não vejo como poderia um político, economista e professor universitário não saber o que diz a tal respeito.
Finalmente, alguém da dita
esquerda compreendeu que esta nada mais tem feito do que protestar, de estar no
contra apenas por ser essa a atitude própria dos que se julgam donos da verdade
e dos bons princípios sem, para isso, terem de dar qualquer explicação, o que a
História e a realidade actual claramente desmentem.
É esse o problema desta “crise”
que ninguém resolve porque não parece haver quem tenha propostas concretas para
a resolver.
Para quem prefira esta persistente
separação tonta entre bons e maus, entre exploradores e explorados, eu direi
que a mesma pecha afecta a esquerda e a direita, precisamente porque se recusam
a ver a realidade por inteiro, exactamente o que esta “crise” necessita para
ser ultrapassada, porque a solução que procuram para regressar ao passado de
esbanjamento e dos direitos conquistados, essa não há!
Depois desta descoberta de Louçã, fico a aguardar as
consequências deste discernimento tardio, porque alguma vez alguém haveria de
entender não ser possível continuar com a mentira da abastança que não existe
senão para alguns, enquanto se defende o socialismo que, facilmente, é fonte de
ilusões para todos os demais.
Quando será que, em vez de uns que peroram, outros que contestam e outros mais que apenas vivem dos direitos que julgam ter, todos tomamos consciência da realidade e trabalhamos?
Quando será que, em vez de uns que peroram, outros que contestam e outros mais que apenas vivem dos direitos que julgam ter, todos tomamos consciência da realidade e trabalhamos?
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