Escrevi um dia, num texto
a que chamei “redução ao absurdo”, uma forma lícita de fazer certas
demonstrações, que bastaria que todos nos comportássemos como seria próprio de
gente “civilizada”, cuidadosos, trabalhadores, dedicados, respeitadores,
comedidos… para que a “economia” que corresponde ao modo de viver esbanjador e
descuidado que adoptámos, estoirasse!
Realmente, esta economia
que precisa de crescer constantemente para sobreviver, teve efeitos perniciosos
sobre tudo quanto era de mais importante para a vida. Transformou-a de autêntica
em aparente, de social em competitiva e alimenta-se dos nossos piores vícios, destrói
a família e o ambiente e apenas pode contar, como modo de poder continuar, com um
milagre que não acontecerá porque os “estímulos financeiros” que mantêm a vida
artificial desta economia moribunda chegarão, em breve, a um final dramático,
quiçá o estoiro da “bolha da moeda”.
Por tudo isto me chamou a
atenção um artigo do Expresso, assinado por Jorge Nascimento Rodrigues, citando
Kaye, responsável pelo Greater Asian Hedge Fund quando afirma, numa entrevista
a King World News e a propósito da inevitabilidade de acabar com os persistentes
“estímulos” da reserva federal Americana à economia, "esse momento vai ser a sentença de morte na farsa em curso. Ou seja,
essa fantasia vai entrar em colapso".
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