O
potentado que todos sentíamos que a Caixa era, passou a ser uma preocupação
pelo que a Caixa agora seja. Seja o que for que não parece ser grande coisa.
Era
evidente que, depois daquele “fartar vilanagem” nos tempos de Sócrates, quando,
segundo leio, foram concedidos financiamentos vultuosos mas pouco seguros que
amizades e interesses ditaram, a teta, antes cheia, acabaria murcha.
E
o grande esteio da banca nacional viu-se em dificuldades que, seja por isto ou
por aquilo, estão difíceis de ultrapassar, chegando ao ponto de o maior banco
português não ter presidente do conselho de administração, pois um demite-se e
ao que se seguiria apontam-se, agora, atitudes daquelas que um governante não
deve ter.
Será
mesmo nomeado alguém suspeito de tráfico de influências como a Comunicação
Social faz saber?
E,
por isso, me pergunto, seguirá mesmo ou continuará a Caixa em autogestão?
E
tudo isto me faz lembrar outras coisas que, de disparate em disparate, foram
colocando o sistema bancário português de pantanas, tal como se encontra,
exaurido depois das transfusões para uns quantos bolsos.
São
recordações cada vez mais longínquas uma Caixa forte, de um BCP pujante, de um
BES cuja grandeza parecia não parar de crescer, para além de um BPN que, como
que aparecido do nada, chegou a dar a ideia de que poderia vir a ser o novo
colosso da banca nacional.
As
histórias rocambolescas da história recente de todos eles, aquelas poucas que
oiço contar, são daquelas coisas que me tiram a confiança nas pessoas, mesmo em
algumas cujas seriedade eu julgava intocável e, com isso, me tiram a confiança
neste mundo de tios Patinhas para quem ter dinheiro sobretudo serve para se
rebolar sobre ele, pois não vejo as necessidades reais cuja satisfação
necessite de tanto. É este o grande objectivo de uns tantos, enquanto o de mais
de meio mundo é tentar não morrer de fome.
E,
sendo assim, os “donos disto tudo” para mim não passam de sacanas despudorados
para quem o seu semelhante (eu disse semelhante?) não passa daquele pedaço de
asno cujo sangue chupam sempre que podem.
Afinal,
cheios de buracos, mais do que um queijo gruyère, deles pouco ou nada restou
depois dos “repastos” em que foram a peça de resistência, são hoje a mão cheia
de nada que os contribuintes vão pagando a peso de oiro, um “roubo” escondido
pelas manigâncias habilidosas dos que nos deslumbram com um “maravilhoso”
défice, daqueles de que a Europa gosta, num país onde a dívida que temos de
pagar continua a crescer, a balança de pagamentos que o nosso terrível hábito
de gastar sem senso faz ficar cada vez mais desequilibrada e tem de pagar juros
cada vez mais elevados pelos empréstimos que não pode deixar de pedir.
Entretanto,
num esquema cada vez mais evidente que destrói, ainda mais, o que já foi a
chamada “classe média” de um país, as tão apregoadas benesses com que a
Geringonça diz acabar com a austeridade são compensadas com milhares de
pequenos “impostos disfarçados” que tornam mais caro o que, por ser essencial, todos
os dias temos de comprar para viver.
Acabo de ler que "tal como acontece no IRS anual, as retenções vão ser alvo de uma revisão de 0,8% em todos os escalões, para além das mudanças já aplicadas nas taxas na proposta de Orçamento do Estado para 2017".
E o Anísio diria "estão mexendo no meu bolso!
Acabo de ler que "tal como acontece no IRS anual, as retenções vão ser alvo de uma revisão de 0,8% em todos os escalões, para além das mudanças já aplicadas nas taxas na proposta de Orçamento do Estado para 2017".
E o Anísio diria "estão mexendo no meu bolso!
Não
acredito nestes milagres de quem, começo a pensar, nos pode conduzir a outra
quase bancarrota como aquela da qual saímos com grande sofrimento.
Não
vejo é quem seja capaz de o evitar!
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